A agência europeia de fronteiras (Frontex) enviou esta semana sete agentes para o arquipélago espanhol das Canárias para apoiar na investigação dos fluxos de imigração irregular que estas ilhas estão a receber a partir de África.
Um porta-voz da Frontex confirmou à agência Efe que estes sete funcionários europeus chegaram à ilha da Grande Canária com a tarefa de colaborar no “controlo dos fluxos de imigração ilegal e no combate à criminalidade transfronteiriça”.
Esta ilha tem recebido a maioria das mais de 12.000 pessoas resgatadas este ano quando tentavam chegar nos mais variados tipos de embarcação ao arquipélago das Canárias, uma comunidade autónoma espanhola que fica a cerca de 100 km das costas de Marrocos e do Saara Ocidental.
Uma embarcação com 118 imigrantes de origem subsaariana, entre os quais 12 possíveis menores, chegou precisamente esta sexta-feira ao sul de Tenerife, a maior das ilhas do arquipélago.
Na quinta-feira, 240 imigrantes tinham sido resgatados de cinco barcos que navegavam perto das Ilhas Canárias.
A chegada dos migrantes e também dos funcionários da Frontex coincide esta sexta-feira com a visita à Grande Canária da Comissária Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, e do Ministro espanhol do Interior (Administração Interna), Fernando Grande-Marlaska, para tomarem conhecimento da situação no local, antes de tentarem propor medidas de resposta à situação.
Johansson e Grande-Marlaska pretendem visitar, entre outros locais em Las Palmas de Gran Canaria, o Centro de Controlo Regional das Ilhas Canárias (CCRC), o centro da Guardia Civil (correspondente à GNR portuguesa) que coordena os esforços de vigilância e informações nas rotas de imigração ilegal na África Ocidental e o campo de emergência da Cruz Vermelha na doca de Arguineguín.
Esta é a segunda vez que a Frontex envia agentes para apoiar o controlo da Rota das Canárias. A primeira foi durante a “crise do cayuco”, quando, em 2006, quase 32.000 jovens africanos chegaram à costa das Ilhas Canárias.
A agência Frontex, com sede em Varsóvia, na Polónia, que oficialmente se chama Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas, é um organismo da União Europeia (UE) que visa prestar assistência aos países da UE na correta aplicação das normas comunitárias em matéria de controlos nas fronteiras externas e de reenvio de imigrantes ilegais para os seus países de origem.