Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, pediu aos norte-americanos para manterem a união na batalha contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus. “Sei que o país está cansado da luta. Precisamos lembrar que estamos em guerra com o vírus, não uns com os outros“, sublinhou, acrescentando: “Olhando para trás na nossa história, vemos que foi nas circunstâncias mais difíceis que a alma da nossa nação foi forjada”.

O discurso de Dia de Ação de Graças de Joe Biden no teatro The Queen, em Wilmington, Delaware, parece repescar uma afirmação de Donald Trump, na qual se descrevia como “um presidente em tempos de guerra”, que havia conseguido “achatar a curva” dos novos casos de infeção pelo novo coronavírus — algo que, segundo os números reportados pelas autoridades de saúde nacionais, não era verdade.

A comunicação de Joe Biden ocorreu ao mesmo tempo que Donald Trump reunia legisladores republicanos do estado de Pensilvânia sobre alegadas irregularidades nas eleições presidenciais de 3 de novembro — acusações de fraude que prevalecem há quase um mês mas que não são sustentadas por quaisquer provas até agora.

A nossa democracia foi posta em teste este ano”, disse Biden: “O povo desta nação está à altura da tarefa. Na América, temos eleições plenas, justas e livres. E honramos os resultados”.

No discurso desta quarta-feira, o democrata recordou o primeiro Dia de Ação de Graças sem o filho Beau Biden, que morreu em 2015, vítima de um tumor cerebral: “Lembro-me daquele primeiro Dia de Ação de Graças, da cadeira vazia, do silêncio. É de tirar o fôlego. É muito difícil querer saber. É difícil agradecer. É difícil até pensar em olhar para frente. É tão difícil ter esperança. Eu compreendo”, disse Joe Biden, apelando, ainda assim, a um esforço da nação: “Eu sei como é difícil renunciar às tradições familiares. Mas é muito importante”.

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