O Youtube vai remover todos os vídeos que contestem os resultados das eleições presidenciais dos EUA, anunciou esta quarta-feira a Alphabet, a proprietária daquela rede social, um mês depois do fecho das urnas e da contagem que dá a vitória ao candidato democrata Joe Biden.
Têm sido várias as críticas ao YouTube que tem permitido a publicação de vários vídeos que atestam que as eleições norte americanas foram fraudulentas, numa altura e que redes como o Facebook e o Twitter travam uma verdadeira luta contra esta informações, assinalando-as como não confirmadas ou mesmo limitando a sua distribuição. É aliás comum, por exemplo, visualizar estes avisos na próprias publicações do Donald Trump, que acabou por perder as eleições de 3 de novembro para Biden.
We will soon be learning about the word “courage”, and saving our Country. I received hundreds of thousands of legal votes more, in all of the Swing States, than did my opponent. ALL Data taken after the vote says that it was impossible for me to lose, unless FIXED!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 9, 2020
A Alphabet diz que só agora tomou esta decisão porque a maior parte dos estados já certificaram os seus resultados, mostrando assim que Biden é, de facto, o vencedor. “Ontem foi o prazo limite para a eleição presidencial dos EUA e um número suficiente de estados certificou seus resultados eleitorais para determinar um presidente eleito”, disse a empresa, citada pela NBC News. “Diante disso, começaremos a remover qualquer conteúdo enviado hoje [quarta-feira] (ou a qualquer momento depois) que engane as pessoas, alegando que fraudes ou erros generalizados mudaram o resultado da eleição presidencial de 2020 nos EUA, de acordo com nossa abordagem em relação às eleições presidenciais históricas dos EUA. ”
O YouTube diz que, desde setembro, encerrou mais de 8.000 canais e milhares de vídeos por violar as políticas existentes.