O ministro das Infraestruturas pretendia que o plano de reestruturação para a TAP fosse aprovado por uma maioria na Assembleia da República, de acordo com o Público, mas a posição de Pedro Nuno Santos não convenceu o Governo de António Costa. O jornal adianta que o restante executivo considerou que não seria aceitável levar a votos um assunto que é apenas de responsabilidade governamental.

Pedro Nuno Santos considerava que um Governo sem maioria parlamentar não teria legitimidade política para avançar sozinho com o plano de reestruturação, que será entregue esta quinta-feira em Bruxelas. Se o Parlamento chumbasse o plano, a TAP acabaria por fechar, segundo o Ministério das Infraestruturas.

A líder da bancada parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, descartou essa possibilidade na quarta-feira, depois de uma audiência com Pedro Nuno Santos. “É um plano de reestruturação cuja competência é do Governo. Não há nenhuma necessidade de um plano de reestruturação de uma empresa estratégica como a TAP ser votado na Assembleia da República”, disse Ana Catarina Mendes.

O plano apresentado pelo Governo aos partidos prevê a redução de mais de 3 mil trabalhadores até ao final do próximo ano e, embora admita contratações em 2022, os custos com pessoal devem cair 1,4 mil milhões de euros. Um quarto das cerca de 100 rotas que a TAP operava este ano vão ser eliminadas.

Metas do plano. TAP reduz mais de 3000 trabalhadores até final de 2021, mas volta a contratar já em 2022

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