O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu esta sexta-feira que grupos criminosos estão a aproveitar-se da “imensa procura” de vacinas contra a Covid-19 para venderem “produtos falsificados” na internet ou adulterados. Tedros Adhanom Ghebreyesus deixou o aviso na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da Covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Segundo o dirigente da OMS, “há vacinas que estão a ser desviadas e reintroduzidas na cadeia de distribuição” sem a adequada conservação de frio e “alguns produtos falsificados estão a ser vendidos como vacinas na internet”, sendo que “vários ministérios e autoridades de saúde receberam ofertas suspeitas” de vacinas.

Manifestando-se “preocupado” com “o potencial de exploração da imensa procura de vacinas pelos grupos criminosos”, Tedros Adhanom Ghebreyesus avisou, ainda, para o perigo da reutilização dos frascos de vacinas por parte dessas redes, pedindo às autoridades sanitárias cuidados redobrados quando deitam fora os recipientes vazios.

O médico etíope apelou às pessoas para que “não comprem vacinas que são sejam fornecidas pelos governos” dos países, uma vez que “podem ser falsificadas, não cumprir os padrões e causar danos sérios”, acrescentando que “qualquer venda suspeita de vacinas deve ser denunciada às autoridades nacionais” e comunicada à OMS.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.756.395 mortos no mundo, resultantes de mais de 125,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.819 pessoas dos 819.698 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A Covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo Coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

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