O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse após a reunião do Conselho Superior, esta terça-feira, que Portugal registou “os mais baixos índices de criminalidade desde que existe relatório anual de segurança interna”, criado em 1989, e agradeceu às forças de segurança pelo seu trabalho em “tempos tão difíceis”.

De acordo com Eduardo Cabrita, a “criminalidade geral teve uma redução de cerca de 11% e a criminalidade violenta e grave de 13 %”. O ministro justificou os resultados com uma “correlação entre os períodos de estado de emergência e a redução da ocorrência de fenómenos criminais”.

O responsável contrastou a situação portuguesa com a dos restantes países europeus, onde houve um “aumento de situações de grave perturbação da segurança interna ou da ordem pública”, e destacou a redução de cerca de 6% do crime mais registado em Portugal, a violência doméstica.

No entanto, nem todos os crimes desceram e Cabrita indicou duas áreas em crescimento durante a pandemia e o estado de emergência: o crime informático e o crime de desobediência.

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“Há alguns tipos específicos de crime que cresceram e que estão associados a estes tempos tão especiais. O crime informático em geral e, designadamente, crimes como a burla informática têm um crescimento bastante significativo”, tal como os “crimes de desobediência, de imposição de medidas de respeito pelas regras legais por parte das forças de segurança”, afirmou o ministro.

Outras ocorrências, associadas à imposição do estado de emergência, baixaram. É o caso da sinistralidade rodoviária e dos incêndios rurais.

“Verificou-se uma significativa redução da sinistralidade rodoviária, redução superior a 20% nas mortes, feridos graves e acidentes. Em matéria de incêndios rurais, [2020 é] o terceiro ano consecutivo de verificação de ocorrências muito abaixo da média dos últimos 10 anos, menos 51% de área ardida”, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro da Administração Interna terminou a sua intervenção com um agradecimento às forças de segurança.

Queria destacar sobretudo o empenho e capacidade de resposta das forças e serviços de segurança e o seu contributo para que, mesmo nestes tempos tão difíceis, Portugal seja reconhecido por todos como um pais seguro”.