João Lourenço demitiu, nesta segunda-feira, Pedro Sebastião do cargo de ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente de Angola, bem como três outros militares de topo com funções nas áreas da segurança e defesa.

O comunicado de imprensa enviado aos órgãos de comunicação social não refere qualquer motivo para a decisão do Presidente angolano, mas esta surge depois de na semana passada a Procuradoria Geral da República ter revelado o envolvimento de oficiais das Forças Armadas Angolanas ligados à Presidência num caso de tentativa de desvio de milhões de dólares, sendo suspeitos num processo-crime de peculato, retenção de dinheiro e associação criminosa.

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Já então, na sequência daquela que ficou conhecida em Angola como a “operação Caranguejo”, João Lourenço, que tem feito da luta contra a corrupção a bandeira do seu mandato, tinha exonerado deste órgão sete outros elementos. Agora foi a vez de os generais Apolinário José Pereira e do tenente-general António Mateus Júnior de Carvalho serem demitidos dos cargos de Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar e de Secretário para os Assuntos de Defesa e Forças Armadas, respetivamente.

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Também o general João Pereira Massano foi demitido do cargo de diretor nacional de Preservação do Legado Histórico-Militar do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, mas para assumir um cargo mais importante, até aqui ocupado por Apolinário Pereira: o de chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar. Pedro Sebastião será substituído por Francisco Pereira Furtado.

Notícia atualizada às 16h25 do dia 31 de maio com a informação sobre a nomeação de João Pereira Massano.