De óculos de sol e acompanhado pelo seu advogado, à chegada ao Campus de Justiça Armando Vara abriu a boca apenas para dizer aos jornalistas: “Vão fazer o favor de nos deixar passar”. O antigo ministro lá passou para entrar pela porta da frente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa e começar a ser julgado por um crime de branqueamento de capitais, mas no interior da sala de audiências a postura não mudou muito. Questionado pelo juiz Rui Coelho, não quis prestar declarações: “Por agora não”. Por isso, a sessão da manhã, daquele que é o primeiro julgamento da Operação Marquês, durou pouco mais de 15 minutos.
Pouco depois das 10h00 da manhã, Vara fazia o percurso inverso: descia do quinto piso para sair pela porta da frente do tribunal e voltar a passar pelos jornalistas. Novamente parco em palavras, disse apenas que estava de “consciência tranquila” e voltou a pedir: “Deixem-nos passar”. A sessão apenas retomava à tarde e o antigo ministro tinha assim quase quatro horas para aproveitar o segundo dia da sua precária. É que Vara está a cumprir pena de prisão no âmbito do caso Face Oculta e beneficiou de uma saída de três dias, para estar presencialmente no Campus de Justiça.
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