A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu esta quarta-feira a dignificação das funções dos militares da GNR, relembrando que continua por pagar o subsídio extraordinário pelo serviço prestado durante a pandemia e por atribuir o prometido subsídio de risco.
“Os profissionais da GNR ainda não receberam o subsídio extraordinário de risco pelo serviço prestado durante a pandemia, que devia já estar a ser pago bimestralmente, e o suplemento de risco aprovado no parlamento ainda não tem cor nem forma, após várias reuniões inócuas”, refere a APG, em comunicado.
Esta reação da APG surge após o ministro da Administração Interna ter enaltecido o papel desempenhado pela Guarda Nacional Republicana no último ano e meio de pandemia de Covid-19, referindo que a GNR “foi sempre uma referência no planeamento operacional e soube corresponder a todas as missões”. Estas declarações de Eduardo Cabrita foram feitas, na terça-feira, durante a cerimónia de condecoração de António Boga como primeiro brigadeiro-general da Guarda Nacional Republicana.
Para a associação mais representativa da GNR, este dia podia ter sido “um marco importante da história da instituição, mas fica assinalado pelas palavras de circunstância” do ministro. A APG congratula-se com o novo oficial general da GNR, uma vez que os oficiais generais da GNR eram exclusivamente oriundos do Exército, sendo esta uma reivindicação de sempre, mas lamenta as palavras de Eduardo Cabrita.
“Os profissionais da GNR dispensam elogios e exigem ações. Estas palavras de circunstância não correspondem ao que sente o efetivo, que está desmotivado, sente-se desrespeitado e desvalorizado, sobretudo no que respeita à tomada de decisões que, de forma direta ou indireta possam reconhecer a centralidade das suas funções e valorizá-las”, precisou aquela associação socioprofissional.
Na nota, a APG relembra que os militares continuam à espera pelo pagamento do subsídio extraordinário de risco atribuídos aos elementos das forças de segurança envolvidos no combate à pandemia, cuja portaria foi publicada em março e tem efeitos retroativos a janeiro.