O ator e realizador francês Jean-François Stévenin, que começou a carreira com Jacques Rivette e François Truffaut antes de se tornar popular no cinema francófono, morreu na terça-feira aos 77 anos, informou a família à agência de notícias France Presse.

“Morreu no hospital de Neully [na região de Paris], deu tudo”, disse o seu filho, Sagamore Stévenin.

Jean-François Stévenin entrou nas séries “Falco” e “Mafiosa” e nos filmes “Esta Noite”, de Werner Schroeter, “O Homem do Comboio”, de Patrice Leconte, “Traje de Noite”, de Bertrand Blier, “Fuga para a Vitória”, de John Huston, “Um Quarto na Cidade”, Jacques Demy, “O Menino Selvagem” e “A Idade da Inocência”, de François Truffaut.

Dirigiu “Mischka”, premiado em Cannes, em 2002, como realizador, e “Passe montagne”, prémio da crítica em Veneza em 1979.

Nascido na comuna francesa de Lons-le-Saunier, em 1944, Stévenin descobriu os sets de filmagem num trabalho sobre a produção de leite, num estágio em Cuba. “Eu não sabia fazer nada, mas aprendi a falar espanhol muito rápido e tornei-me parte da equipa”, disse Jean-François Stévenin, na ocasião, citado pela AFP.

Em 2018, o seu trabalho como cineasta rendeu-lhe o Prémio Honorário Jean Vigo, que lhe foi concedido pela realizadora belga radicada em França Agnès Varda, falecida em 29 de março de 2019. O prémio distingue a independência de espírito, a qualidade e a originalidade.

Pai de quatro filhos, todos atores, Jean-François Stévenin faz parte do elenco do filme, “Illusions perdues”, de Xavier Giannoli, adaptado do livro “A Comédia Humana”, de Honoré de Balzac, que deverá ser exibido no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em setembro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR