Astrónomos anunciaram esta segunda-feira um novo projeto, o Galileo, que vai procurar a presença alienígena, em forma de tecnologia ou de civilizações. A iniciativa tem como base a ideia que “a ciência não deveria rejeitar dogmaticamente possíveis explicações extraterrestres”. O Projeto Galileo é liderado pelo professor Avi Loeb (controverso autor de divulgação científica), que afirmou que o objeto interestelar Oumuamua (‘O Charuto’), que nunca foi fotografado com mais detalhes do que um único pixel, é um objeto alienígena.
“Está na hora de haver pesquisa cientifica sobre objectos não identificados, similares aos que nós enviamos para o espaço”, começou por dizer Loeb no anúncio público, agora disponível no Youtube. O principal objetivo do projeto é detetar precocemente quaisquer objetos ou movimentos, afirmou Frank Laukien, investigador de Harvard e cofundador do projeto Galileo.
Loeb e a sua equipa de 14 astrónomos usarão o telescópio Pan-STARRS no Havai e outro telescópio com 8 metros de largura, que está atualmente a ser construído no observatório Vera C. Rubin no Chile. A deteção precoce pode permitir que os cientistas enviem sondas para esses objetos, de acordo com Frank Laukien.
Ao projeto foi dado o nome de Galileo porque “a importância das potenciais descobertas de evidências científicas rigorosamente validadas sobre tecnologia extraterrestre pode ter um impacto semelhante na astronomia e na nossa visão do mundo como o que o uso pioneiro de Galileo de telescópios para observações astronómicas teve na história”, explica o comunicado de impressa.
Loeb deseja examinar objetos voadores não identificados (OVNI) dentro da atmosfera da Terra que, de acordo com o site do Projeto Galileo, podem ser artefactos de civilizações alienígenas extintas ou equipamento de extraterrestres ativos. A equipa pretende que os seus dados sejam públicos para assim encorajar outros cientistas a se envolverem na pesquisa.
“O impacto de qualquer descoberta de tecnologia alienígena na ciência e na nossa visão sobre o mundo seria enorme”, lê-se no site do projeto.