Maria Teresa Horta, uma das mais importantes escritoras portuguesas, tem um novo livro de poesia. Paixão, que será editado a 31 de agosto pela Dom Quixote, é “uma homenagem em forma de poemas, a um amor e a uma paixão de uma vida inteira”. Milagrário Pessoal, de José Eduardo Agualusa, é outra das novidades editoriais deste novo mês. O romance, que chega às livrarias no dia 5 pela Quetzal, conta a história de Iara, uma jovem linguista portuguesa que tem como trabalho recolher as palavras novas e transpô-las para o dicionário.
A E-Primatur vai lançar Babilónia, o novo livro de Ana Cássia Rebelo, e a Guerra e Paz O Sonho de Amadeo, de Leonardo Costa de Oliveira, vencedor da edição de 2021 do Prémio Revelação Literária UCCLA-CM Lisboa, anunciado na sessão inaugural do 5L — Festival Literário de Literatura e Língua Portuguesa, em Lisboa. A Tinta-da-China vai editar Você nunca mais Vai Ficar Sozinha, o primeiro romance de Tati Bernardi, autora do livro de crónicas Depois a Louca Sou Eu, que a editora irá agora reeditar.
Pela Relógio d’Água vão sair A Taça Dourada, de Henry James; As Crónicas da Explosão, de Yan Lianke; e Devorar o Céu, de Paolo Giordano. A Editorial Presença vai fazer sair Se os Gatos Desaparecessem do Mundo, do japonês Genki Kawamura, e a Saída de Emergência O Acordo da Rainha, da conhecida autora de literatura fantástica Anne Bishop.
A ASA vai publicar Maurice, o aclamado e controverso romance póstumo de E. M. Forster. Quando foi editado em 1971, um ano após a morte do escritor britânico, a história de amor entre dois homens apanhou os críticos desprevenidos. Muitos tentaram descartá-la, classificando-a como a pior obra do autor, enquanto outros preferiram ignorá-la. Apesar de hoje ocupar o seu devido lugar entre as obras de E. M. Forster, Maurice permanece o menos conhecido dos romances do autor de Howards End.
A Porto Editora vai dar continuação à publicação das primeiras aventuras do detetive Mario Conde, uma criação do cubano Leonardo Padura, com Quarteto de Havana — Volume II, que reúne os livros Morte em Havana e Paisagem de Outono. Ainda pela mesma editora vai sair Ofício, de João Rasteiro, no âmbito da coleção “elogio da sombra”, coordenada por Valter Hugo Mãe.
Uma das apostas da Dom Quixote para este mês é Crónicas, uma seleção de crónicas de António Lobo Antunes escolhidas a partir de mais de 400 textos dispersos por cinco volumes independentes publicados entre 1998 e 2013. O volume, ao qual se juntou algumas crónicas inéditas, será editado a 24 de agosto. Será também por esta editora que vai sair, alguns dias depois, Navegação de Cabotagem — Apontamentos para um livro de memórias que jamais escreverei, de Jorge Amado. Um livro de histórias, amigos e alguma literatura.
É também de crónicas que se faz Memórias de Um Craque, um volume de textos sobre futebol, a memória e a infância, escritos por Fernando Assis Pacheco. O livro insere-se no projeto de reedição da obra do autor levada a cabo pela Tinta-da-China, que irá reeditar ainda este ano o único romance de Assis Pacheco, Trabalhos e Paixões de Benito Prada. A editora vai ainda publicar este mês Fernando Pessoa e Outros Fingidores, de Maria Irene Ramalho, o novo volume da “Coleção Pessoa”, dirigida por Jerónimo Pizarro.
A Antígona vai editar Brutalismo, de Achille Mbembe, um dos mais importantes pensadores do pós-colonialismo. Pela Relógio d’Água vão sair A Guerra do Mundo, de Niall Fergunson; e Encontros com Livros (Ensaios e Prefácios de 1902 a 1939), de Stefan Zweig. A Desassossego vai lançar A História Secreta da Gestapo, de Jean Dumont, enquanto a Guerra e Paz vai fazer chegar às livrarias Os Números da Guerra de África. Angola, Guiné, Moçambique: mortos, feridos, armas e combates, cursos, desertores, do tenente-coronel Pedro Marquês de Sousa.
Porque Deixei de Falar com Brancos Sobre Raça, o aclamado livro da jornalista e escritora britânica Reni Eddo-Lodge, vai sair este mês pela Edições 70, que vai ainda publicar em agosto Existencialismo, de Kevin Aho, uma abordagem acessível à mais importante corrente filosófica do século XX; O Ser e o Nada — Ensaio de Ontologia Fenomenológica, de Jean-Paul Sartre; e Conservadorismo — A Luta por uma Tradição, de Edmund Fawcett, a história do conservadorismo desde as suas origens no século XIX até à direita radical do presente, refere a editora.
Pela Parsifal vai sair o livro Novas e Velhas Extremas-Direitas, um volume coordenado por Cecília Honório e João Mineiro que procura explicar fenómenos como o Chega, Vox, Frente Nacional, Liga, Trump ou Bolsonaro. A Quetzal vai editar O Esplendor dos Brunhoff, de Yseult Williams.