O sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter que abalou no sábado o Haiti fez pelo menos 2.189 mortos e 12.268 feridos, segundo um novo balanço da proteção civil haitiana.

A atualização da situação naquele país pela proteção civil aponta para mais 248 vítimas mortais do que no anterior balanço, de terça-feira, continuando pelo menos 332 pessoas desaparecidas.

A região mais afetada pelo sismo é o departamento do Sul, que registou 1.832 mortos, segundo o último boletim da Proteção Civil.

Cerca de 53 mil casas terão sido destruídas, com mais de 77 mil a terem sofrido vários danos.

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A localidade mais afetada é Marigot, onde 500 das 615 habitações ficaram destruídas.

As autoridades estimam que 650 mil pessoas necessitem de ajuda humanitária urgente, o que corresponde a cerca de 40% da população das três regiões mais afetadas, situadas na península sudoeste do país.

O tremor de terra, com epicentro 125 quilómetros a oeste da capital, Port-au-Prince, destruiu cidades e provocou deslizamentos de terras, que dificultaram a prestação de auxílios no país mais pobre do Hemisfério Ocidental.

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O Haiti já se confrontava com a pandemia de Covid-19, a violência de gangues, a pobreza crescente e a incerteza política subsequente ao assassínio, em 07 de julho, do presidente Jovenel Moïsem, quando o abalo enviou os residentes para as ruas.

O sismo também destruiu ou causou estragos sérios em hospitais, escolas, instalações de empresas e igrejas.

A realçar as más condições, os dirigentes tiveram de negociar com gangues no distrito de Martissant para deixarem passar duas colunas humanitárias pela área, informou o Serviço da Organização das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários.

“Pouco mais de uma década depois, o Haiti está outra vez a cambalear”, disse a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, aludindo ao sismo de 2010 que destruiu a capital do país e fez mais de 200 mil mortos.

O sismo de sábado já é o segundo mais letal dos últimos 25 anos na América Latina, depois do devastador terramoto de 2010 no Haiti.