Duplicou na última década o número de dias em que há algum local no mundo com pelo menos 50 graus centígrados, conta a BBC. Entre 2010 e 2019 houve uma média de 26 dias por ano com algum ponto do globo a ser exposto a uma temperatura superior a 50ºC, enquanto nas três décadas anteriores, entre 1980 e 2009, a média ficou em 14 dias por ano. Há ainda mais duas semanas por ano, em média, com temperaturas que passam os 45 graus.

A televisão britânica indica que estes fenómenos extremos, que continuam a ser predominantes no Médio Oriente e, em particular, nos países do Golfo Pérsico, ocorrem também em mais áreas do globo do que antes. Este verão houve valores máximos registados em Itália (48,8 graus) e Canadá (49,6 graus), muito próximos dos 50ºC.

“Cúpula de calor” está a causar centenas de mortos, temperaturas até 50ºC e incêndios no Canadá. Que fenómeno é este?

O líder do Instituto para as Alterações Climáticas da Universidade de Oxford, Friederike Otto, diz à BBC que estes aumentos “são 100% atribuíveis à queima de combustíveis fósseis”.

A BBC afirma ainda que as temperaturas máximas do globo aumentaram na última década 0,5ºC face à média registada no conjunto das três décadas anteriores. No entanto, Brasil, Médio Oriente e África austral tiveram aumentos superiores a 1ºC e algumas partes do Médio Oriente e do Ártico tiveram incrementos superiores a 2ºC.

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