Durão Barroso, presidente da Aliança Global das Vacinas (GAVI), afirmou que o esforço de distribuição equitativa de vacinas contra a Covid-19 pelo mundo está a ser prejudicado por “governos que podiam e deviam estar a fazer mais”.

Intervindo na assembleia parlamentar da NATO, que decorre entre este sábado e a próxima segunda-feira na Assembleia da República, o ex-primeiro-ministro português e ex-presidente da Comissão Europeia afirmou que o mecanismo colaborativo Covax — que agrega GAVI, Organização Mundial de Saúde, Unicef e outras organizações — está “a ser impedido de ter sucesso por governos que podiam e deviam estar a fazer mais, que estão a fazer alguma coisa, mas que não é suficiente”.

Durão Barroso apontou disparidades entre os níveis de vacinação das populações de países de rendimentos mais altos e os de rendimentos mais baixos, referindo que apenas “2,4 por cento das pessoas em países de baixos rendimentos receberam pelo menos uma dose de vacina” e que “apenas 4,6% da população africana está vacinada”.

“Há um problema real de desigualdade. Isto é moralmente inaceitável”, declarou.

O ex-presidente da Comissão Europeia indicou que neste momento, os números oficiais atingem “4,7 milhões de mortes com covid”, mas afirmou que “os números reais são de certeza muito, muito mais elevados”.

Além disso, há “236 milhões de casos confirmados” no mundo e a “perda de quatro mil biliões de dólares na economia global, sem fim à vista e isso precisa de mudar já”.

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