A oferta de trabalho procurava mulheres, de boa aparência, entre os 18 e os 30 anos para as minas do oeste venezuelano, junto à Amazónia brasileira. Mas o trabalho oferecido não era de garimpeiras, mas de escravas sexuais para os mineiros e para os grupos que disputam o poder sobre as minas, avança o El Mundo.

Das minas desregradas ao longo de cerca de 100 mil quilómetros quadrados, extrai-se ouro, diamantes e coltan (útil para os smarthphones), ao mesmo tempo que se destroem florestas, se luta com as doenças, malária e dengue, ou se lida com outras ameaças, como armas, violência e escravidão sexual. Junto às minas crescem as valas comuns para aqueles que lutam pelo poder de as ter, reporta o jornal espanhol que falou com várias pessoas no local.

Presidente da Venezuela entregará minas de ouro a regiões afetas ao regime

É o crime organizado que controla a extração e comercialização do ouro, ainda que as empresas russas e chinesas também queiram marcar presença na exploração, continua o diário. Os grupos armados vendem, depois, uma parte do ouro à Minería de Venezuela (Minerven), a empresa estatal, que processa o ouro e o transfere para o Banco Central da Venezuela para a sua certificação.

Cerca de 70% do ouro é vendido ilegalmente. Recaem suspeitas sobre Maduro de que distribua minas entre os seus governadores para poderem tirar o seu próprio proveito. E sobre o filho Nicolasito Maduro suspeitas de que compra o ouro a baixo custo através das máfia e o vende ao banco central.

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