Vários surtos da gripe das aves foram detetados na Europa e na Ásia recentemente. Reportados à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), são um sinal preocupante da propagação do vírus para o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC).

Segundo a instituição, a China reportou este ano 25 casos de infeção humana do vírus H5N6 (variante do H5N1, responsável pela gripe das aves), sendo que destes, sete casos resultaram em morte. No ano anterior, apenas tinham sido registados no país da Ásia cinco casos da gripe das aves.

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Esta variante – H5N6 – é a única que pode atualmente infetar seres humanos. Ainda segundo dados do CDC, a taxa de mortalidade para a infeção por este subtipo em pessoas é de 67%. Ainda não houve, contudo, nenhuma transmissão do vírus entre humanos, tendo todos os casos registado até à data resultado de contacto com animais infetados.

A Reuters dá conta de um surto reportado na Coreia do Sul este ano que levou ao abate de 770 mil aves para consumo, numa quinta em Chungcheongbuk-do.

Na Noruega, ocorreu um surto da variante H5N1 do vírus na região de Rogaland, na qual um bando de 7 mil pássaros foi infetado. Um segundo surto foi entretanto detetado esta terça-feira, numa quinta vizinha do primeiro local, e serão abatidas todas as aves das duas quintas.

Também a Bélgica, ainda segundo a agência de notícias, mostrou preocupação com uma possível vaga de gripe das aves (comum no outono, altura de migração dos pássaros). A partir de segunda-feira, todas as aves de criação passaram a ter de permanecer em espaços interiores, após ter sido encontrado um caso de “uma variante extremamente patogénica do vírus” num ganso selvagem próximo de Antuérpia.

Este vírus pode afetar os humanos embora os casos sejam raros, explica o The Guardian. Tal só acontece se houver contacto com os pássaros infetadas, com fluídos ou ninhos dos mesmos ou durante a preparação do animal infetado para uma refeição.

Até ao início do mês de novembro, o CDC considerava que esta variante do vírus Influenza A apresentava um risco moderado de poder originar uma pandemia.