A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai emitir, em breve, recomendação pela redução do tempo de espera até à terceira dose (atualmente de seis meses). Se a medida avançar, escreve o jornal Público esta quarta-feira, poderia ser possível vacinar mais rapidamente os 800 mil portugueses que têm mais de 65 anos e que, à luz das regras atuais, apenas podem receber o reforço a partir de 2022.

Segundo o jornal, a EMA tem estudos que se debruçam sobre a toma da dose de reforço com uma vacina diferente da administrada nas doses iniciais, nomeadamente quando a vacina usada inicialmente foi do tipo de vetor viral (AstraZeneca e Janssen). Essas investigações concluíram que o intervalo estabelecido, de seis meses, entre a segunda dose e a de reforço pode ser reduzido, aponta a EMA ao Público.

A porta-voz da EMA, Laure Herold, explica que “dados preliminares de estudos sobre reforços heterológos”, isto é, quando a vacina de reforço é diferente da usada inicialmente, mostram que “o reforço pode ser dado mais cedo, para obter um aumento rápido dos anticorpos”. A EMA revela mesmo que “vai rever estes dados juntamente com dados específicos das vacinas de vetor viral para as quais a dose de reforço ainda não esteja aprovada”. A recomendação será tornada pública “logo que a avaliação esteja terminada”.

Na semana passada, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Salves, e o responsável do Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação contra a Covid-19, o coronel Carlos Penha Gonçalves, disseram que há 800 mil portugueses com mais de 65 anos que só podem receber a dose de reforço em 2022, altura em que fazem os seis meses desde a segunda dose. Ainda assim, a meta é de vacinar com a terceira dose 1,5 milhões de pessoas com 65 ou mais anos até 19 de dezembro.

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