O primeiro-ministro reiterou esta sexta-feira o apelo a uma adesão efetiva ao processo de vacinação, alegando que, “ao contrário do que ouvimos dizer”, as crianças também são infetadas e sofrem com a doença [Covid-19].

Começando amanhã [sábado] o processo de vacinação das crianças entre os 11 e os cinco anos, queria fazer mais um apelo para que haja uma adesão efetiva a este processo de vacinação, porque é muito importante que todos aqueles que já se podem vacinar que se vacinem”, disse António Costa, em Quarteira, no distrito de Faro.

Ao intervir na cerimónia de inauguração da Escola EB 2,3 D. Dinis, no Algarve, o primeiro-ministro alegou que, “ao contrário do que ouvimos dizer”, as crianças também são afetadas pela doença provocada pelo novo coronavírus.

“As crianças podem sofrer mais ou menos, mas também sofrem com a doença e nenhuma doença faz bem à saúde. Portanto, não vale a pena dizer que esta doença não interessa, porque nunca nenhuma doença fez bem à saúde e também não é esta doença que faz bem à saúde”, alegou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao dirigir-se aos alunos presentes na cerimónia, o chefe do Governo salientou que “é muito importante que todos se vacinem para sua própria proteção e de todos aqueles que os rodeiam, nomeadamente os colegas, os amigos e a família”, lembrando que a maior taxa de incidência de transmissão do vírus “ocorre nas crianças não vacinadas e na faixa etária que corresponde aos pais dessas crianças”.

“Portanto, aqui está uma boa demonstração de que vacinando, nos protegemos a nós próprios e aos outros”, apontou.

António Costa lembrou que a pandemia “não tem atingido só a saúde, mas também o processo de desenvolvimento normal da aprendizagem” com a perturbação da vida escolar ao longo destes dois anos”.

“Em dois anos letivos tivemos que encerrar por períodos longos a atividade escolar e, ao longo deste período quase todas as escolas já tiveram, pelo menos, uma turma em isolamento por contacto com alguma criança que tenha estado infetada”, avançou.

Para António Costa, “há uma enorme diferença entre o ensino presencial e à distância, porque nada substitui esta proximidade” e daí ser fundamental que “adotemos as medidas que podemos adotar para tentar evitar que novamente que este ano letivo seja tão perturbado como foram os dois anos letivos anteriores”.

“Este ano letivo e o próximo, são anos em que todos estamos empenhados no programa de recuperação das aprendizagens, para que esta geração não seja prejudicada ao longo da vida pela perda no seu processo de aprendizagem que esta pandemia constituiu. Para que isso aconteça, é fundamental que todos nos vacinemos”, concluiu.

António Costa que não falou aos jornalistas, presidiu à inauguração da Escola EB 2,3 D. Dinis, em Quarteira, acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

A funcionar deste o início do presente ano letivo, o estabelecimento de ensino, situado entre Quarteira e Vilamoura, no concelho de Loulé, foi renovado, investimento 6,5 milhões de euros cofinanciado por fundos comunitários, no âmbito do Portugal2020.