Começou semanas antes de, no passado domingo, 2 de janeiro, o país acordar com os sites de Expresso e SIC Notícias tomados por piratas informáticos do Lapsus$ Group, e terá destruído todos os arquivos de notícias armazenados nos respetivos servidores.

De acordo com o Jornal de Notícias, este ataque sem precedentes cometido contra órgãos de comunicação social em Portugal não terá comprometido os dados pessoais dos assinantes do grupo Impresa, moradas e números de cartões de crédito incluídos, mas apagou todos os dados e registos históricos digitais de Expresso e SIC, que esta terça-feira ao fim do dia, depois de mais de 48 horas em baixo, conseguiram colocar online versões provisórias dos sites.

Sites do jornal Expresso e da SIC hackeados com pedidos de resgate pelos piratas informáticos

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Segundo vários especialistas em cibersegurança ouvidos pelo JN, o ataque perpetrado contra os órgãos de comunicação não terá sido de “ransomware” clássico, em que o controlo das páginas, cuja informação é encriptada pelos piratas, é devolvido mediante pagamento de resgate, tendo toda a informação armazenada nos arquivos, incluindo cópias de segurança, sido apagada.

“Foi uma destruição total, preparada e dirigida”, diz àquele jornal fonte de uma empresa de cibersegurança. Outro especialista sugere que os piratas poderão ter-se deparado com alguma contrariedade durante o ataque e ter “optado pela destruição dos dados na tentativa de sacar na mesma dinheiro”.

Após ataque informático, sites do Expresso e da SIC Notícias estão de volta em formato provisório

Em comunicado, o grupo Impresa já tinha avançado que está a colaborar “com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança” para resolver a situação e encontrar os responsáveis pelo ataque.  Também revelou que vai apresentar uma queixa-crime.