A Alpine registou em 2021 um aumento de 74% nas suas vendas, face aos resultados de 2020. Foram transaccionadas 2659 unidades do A110, o coupé desportivo com que a marca de Dieppe renasceu em 2017 e que, até hoje, se mantém como único modelo do fabricante francês, rentabilizado em diferentes séries limitadas e versões especiais.

Quase metade das vendas foram alcançadas fora de França, sendo que este mercado, sozinho, absorveu cerca de 60% dos novos registos, com a entrega de 1618 veículos, a que corresponde um incremento de 117,5% face a 2020. Contudo, tal como já disse que se vai converter numa marca de desportivos puramente eléctricos, a Alpine também não esconde a ambição de crescer fora da sua “zona de conforto”. O Reino Unido foi um dos países onde a marca mais cresceu (92%), com um volume de 202 unidades, enquanto Portugal saltou das seis unidades de 2020 para 11 – um incremento de 83% que, associado ao de Espanha, permitiu à Alpine subir 120% no mercado ibérico.

Para continuar a crescer fora de portas e impulsionar a penetração nos mercados internacionais, o fabricante – que tem hoje uma centena de concessionários – diz que vai continuar a apostar na abertura de pontos de venda. Em 2021, foram inaugurados 25 novos stands, mas o objectivo é duplicar este número em 2022, levando a que, no final do corrente ano, a rede contabilize 150 concessionários.

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A aposta no desporto é para continuar e, mais do que isso, para reforçar. “Em 2022, a Alpine confirma o compromisso com o desporto automóvel é apresenta-se como uma das marcas que mais investirá em actividades de desporto motorizado, com presença na Fórmula 1, na categoria Hypercar, na categoria FIA R-GT, bem como noutras competições, como a Alpine Elf Europa Cup”, avança a nota enviada à imprensa. Na categoria rainha do desporto automóvel, a Alpine F1 Team vai manter a dupla Fernando Alonso e Esteban Ocon.

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Plano de “choque” para pôr a Alpine nos píncaros

De recordar que os resultados agora anunciados materializam o primeiro exercício anual após a apresentação do plano Renaulution, a nova estratégia do Grupo Renault apresentada em Janeiro de 2020, sob a batuta de Luca de Meo. O CEO anunciou, então, que a Alpine passaria a ser uma “unidade de negócio” que procuraria capitalizar em vendas a poderosa imagem desportiva, conquistada sobretudo à custa da presença mediática na F1. Daí que a Alpine tenha passado a ter sob a sua alçada a Renault Sport Cars e a Renault Sport Racing. Junte-se a isso a ampliação da gama, com o lançamento de três novos modelos exclusivamente a bateria, até 2025. Nesse ano, pelas contas de Luca de Meo, a Alpine já deverá ser rentável. Pelo menos, a meta é essa.

No imediato, a trajectória da marca continuará ancorada ao seu coupé de dois lugares, com o arranque das entregas das actualizações apresentadas em Novembro passado, para as versões standard (A110, galeria abaixo), mais desportiva (A110S) e gran turismo (A110 GT).

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