A “fatia” que irá caber a Espanha do plano de recuperação e resiliência europeu – a chamada “bazuca” – deverá aumentar em cerca de 10%, ou seja, cerca de sete mil milhões de euros somados aos 70 mil milhões que já estavam previstos. A informação foi transmitida à agência Bloomberg por fonte diplomática, com conhecimento do processo, que acrescenta que um dos países que vão ficar a perder é a Bélgica.

A boa notícia para o governo de Pedro Sánchez está relacionada com um novo cálculo do impacto negativo que a crise pandémica teve nas várias economias do bloco. Se a economia espanhola teve um registo pior do que o previsto, a economia belga teve uma recuperação mais robusta do que anteriormente antecipado, o que pode fazer com que a Bélgica receba menos um sexto do que os seis mil milhões de euros do que se previa, ou seja, menos mil milhões de euros.

Logo quando o fundo europeu de recuperação foi acordado entre os líderes europeus ficou definido que em meados de 2022 iria haver um novo cálculo para os fundos a receber, potencialmente afetando até 30% da alocação feita a cada país. A expectativa da fonte citada pela Bloomberg baseia-se nos dados que já existem sobre o desempenho das economias em 2021, que serão analisados de forma mais detalhada a partir da primavera, quando forem divulgados os números oficiais do Eurostat.

Além da Bélgica, também os Países Baixos são referidos na notícia da Bloomberg como um país que poderá acabar por receber menos dinheiro do que inicialmente previsto. Os holandeses são os únicos na Europa que ainda não entregaram o seu plano para utilização da “bazuca” europeia – Portugal e Espanha foram os primeiros – mas também podem receber menos do que o previsto porque a economia terá tido um desempenho melhor do que foi calculado no início.

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