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Rui Rio despede-se da campanha: “Estou convencido que vamos ganhar. O PS merece perder”

Este artigo tem mais de 2 anos

O líder do PSD cumpriu o último grande ato da campanha com a tradicional arruada em Lisboa, a ajuda de todos, de Moedas a Santana, e mais um discurso sobre as mentiras de Costa. "Só há um voto útil"

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TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

O PS mentiu a campanha toda. O Chega só é útil ao PS. Só um voto no PSD pode derrotar António Costa. Foi com estas três ideias que Rui Rio se despediu da campanha eleitoral com a certeza de que está muito próximo de vencer as próximas eleições legislativas. Tudo isto a poucos metros do palco em que, quatro meses antes, Carlos Moedas, contra todas as expectativas que existiam, prometeu voltar como grande vencedor das eleições autárquicas.

Para Rui Rio, desta vez, não há desculpas. As legislativas de 2019, dizia Rio, eram praticamente impossíveis de vencer. A convulsão interna tornava tudo mais difícil. As sondagens, fabricadas, desmoralizavam o partido. A conjuntura externa era amiga de António Costa. O PSD estava demasiado marcado pela herança de Pedro Passos Coelho. A ‘geringonça’ demasiado coesa para permitir a viragem de ciclo. As autárquicas tinham de correr bem para fragilizar o PS e a esquerda.

Tudo se concretizou. António Costa caiu às mãos da esquerda, as autárquicas correram bem, a ‘geringonça’ desfez-se, a herança de Pedro Passos Coelho foi neutralizada pelo discurso ao centro, a conjuntura externa penalizou o socialista, as sondagens viraram e moralizaram o partido, o partido uniu-se em torno de Rui Rio e nunca o PSD esteve em condições tão positivas para derrotar António Costa. Desta vez, não há desculpas para Rio.

Na última ação de campanha, a já tradicional descida do Chiado, apinhada de gente como não esteve (nem perto disso) em 2019, Rui Rio até um abraço de Pedro Santana Lopes recebeu. Teve ao seu lado a nova coqueluche, Carlos Moedas, figuras do rioísmo e do passismo, em plena comunhão. Faltou Miguel Pinto Luz, o único que no último Congresso do PSD furou o coro de elogios a Rui Rio, e, claro, Pedro Passos Coelho.

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Rui Rio no momento em que cumprimenta Santana Lopes

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Na véspera, no Porto, Rui Rio teve Paulo Rangel, Luís Filipe Menezes e José Pedro Aguiar-Branco, três figuras que se afastaram de Rui Rio em algum momento da vida política. Por todo o país, todos os críticos internos fizeram questão de aparecer ao beija-mão. Não houve sombra de contestação interna e o próprio reconheceu isso mesmo.

De resto, Rui Rio fez a campanha que quis, sem berros, com gatos, sem erros e com Emanuel, vendeu a marca assente no mito que se esforçou por criar sobre si próprio e que acredita ter mais valor do que a marca PSD, recebeu todos os brindes possíveis e imaginários do adversário e aproveitou uma campanha aos “ziguezagues” de Costa para crescer nas intenções de voto.

Chega a vésperas de eleições com um plano claro na cabeça: ganhar, contar com a convulsão interna do PS e com a ajuda de um Pedro Nuno Santos à procura de afirmação para governar em minoria; a maioria virá mais tarde, quando o país for novamente a votos.  E chega depois de ter feito uma campanha baunilha, em modo português suave, que foi muito mais profissional do que aparentava ser — em Lisboa, como em todas as grandes arruadas da campanha, vieram autocarros com militantes de outros pontos do país, sobretudo a Norte.

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Esta sexta-feira, Rio despediu-se precisamente como começou: dizendo-se vítima de uma “campanha negra”, carregada de “mentiras”, que António Costa se esforçou por criar para “incutir o medo” às pessoas.  “Merecem perder quando é assim que procuram fazer uma campanha eleitoral”, disse.

A multidão que o acompanhava apupava a ‘geringonça’, apupava Costa e apupava o PS. “O povo não esquece, o povo não esquece que a culpa é do PS.”  Rio terminou, também, com o último e maior apelo ao voto útil de toda a campanha. Primeiro, ao repetir que um “Chega forte não interessa ao PSD” e só “interessa a António Costa”, devolvendo-lhe a acusação de estar refém dos extremos. “Quem abriu a porta aos extremos foi o PS”, atirou.

Depois, ao dramatizar com um possível regresso da ‘geringonça’. Para Rui Rio, António Costa já percebeu que não terá maioria absoluta e não hesitará em reeditar uma aliança que foi dizendo estar esgotada. O líder social-democrata espera que o tal país “cansado dos que se julgam donos disto tudo”, como disse Moedas, percebam que um novo arranjo à esquerda está ao virar da esquina.

“Já percebemos que no domingo tanto faz votar no PS, no Bloco ou no PCP. Vai dar ao mesmo. É tudo a mesma coisa. Só há um voto possível para tirar António Costa. E esse voto é no PSD. Só a social-democracia é alternativa. Os portugueses têm de perceber: só há um voto útil e esse voto é no único partido que pode derrotar António Costa”, rematou Rui Rio, antes de se despedir finalmente: “Vamos em frente. Estou convencido que vamos ganhar”. Faltam dois dias para umas das eleições legislativas mais renhidas de que há memória.

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

 
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