Um dia depois de Rui Moreira ter anunciado promover Catarina Santos Cunha, antiga vereadora socialista para o executivo municipal, garantindo assim a maioria que tinha perdido nas urnas, o PSD/Porto decidiu manter o acordo de governabilidade com o movimento do independente, depois de confessar “estranheza e surpresa” relativamente a esta decisão.

A concelhia reuniu-se durante mais de duas horas com “caráter de urgência” e decidiu manter o acordo celebrado em outubro passado, admitindo, no entanto, não entender a necessidade de alargar o executivo autárquico. “Tendo corrido tudo bem até agora, tendo sido alcançados os objetivos políticos assentes no acordo, o PSD não entende a necessidade de alargar o executivo municipal a uma vereadora eleita nas listas do Partido Socialista”, lê-se em comunicado.

Os sociais-democratas admitem que “nada de pessoal” os move contra a vereadora em questão. No entanto, o partido “pretende que fique bem claro qual será a influência das propostas e do programa eleitoral do Partido Socialista, com o qual esta vereadora foi eleita, no futuro da governação da cidade do Porto”.

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O PSD local pretende “clarificar” se Catarina Santos Cunha “mantém a defesa da visão de cidade do programa do Partido Socialista ou se abdica dos compromissos com os que a elegeram e irá estar alinhada com a visão de cidade presente do acordo de governação assinado pelo Movimento Rui Moreira: Aqui Há Porto e o PSD”.

A comissão política da concelhia do PSD/Porto revela que “não pode deixar de manifestar a sua preocupação e ficará vigilante”, prometendo continuar a trabalhar para que “as medidas propostas pelo PSD no acordo de governação possam continuar a ser executadas”.

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