O líder do Chega, André Ventura, afirmou que o partido “estará ao lado do Governo português, tenha ele que cor tenha, no esforço militar diplomático e económico para pôr travão à Rússia”.

“Se não o fizermos agora, não estamos nada convencidos de que isto acabe por aqui. Quem comete uma loucura uma vez, pode cometer duas e três. E a história ensina-nos que há um momento de dizer chega. E que temos que os enfrentar exatamente da mesma forma”, disse.

André Ventura, que participou numa conferência do Chega sobre regionalização, falava a cerca de uma centena de apoiantes sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, em que acusou a Europa de ter descurado a sua defesa enquanto a Rússia e a China investiam cada vez mais em armamento.

Para o líder do Chega, a Europa “perdeu tempo a discutir se liberalizava ou não a prostituição, se homens e mulheres tinham de partilhar a mesma casa de banho (…) e a discutir se tínhamos que ter obras de arte mais colonialistas ou menos colonialistas”.

“Enquanto nos divertíamos uns com os outros, a Rússia gastava o dobro do orçamento em arsenal militar. E a China tornava-se o segundo país do mundo a gastar mais dinheiro em armamento. E nós aqui continuamos gritando, rindo e confiando que um dia alguém nos salvará, se alguma coisa acontecer e, portanto, andamos todos distraídos”.

“Mas há um momento em que, como dizia um líder político: errar a primeira vez, todos podem errar, mas a segunda e a terceira já é responsabilidade nossa. E tivemos esta semana a prova evidente de que há tiranos e ditadores no mundo em quem não podemos confiar a nossa segurança e nossa liberdade”, rematou.

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