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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 26.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

Nesta madrugada, os ataques na capital da Ucrânia e o bombardeamento num centro comercial provocaram, pelo menos, oito mortos. Kiev decretou novo recolher obrigatório até quarta-feira.

kiev centro comercial bombardeamento
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Bombardeamento em Kiev provocou, pelo menos, seis mortos. Bombeiros continuam buscas

Anadolu Agency via Getty Images

Bombardeamento em Kiev provocou, pelo menos, seis mortos. Bombeiros continuam buscas

Anadolu Agency via Getty Images

Na quarta semana de guerra na Ucrânia, as tropas de Kiev continuam a resistir. A cidade de Mariupol, alvo de diversos ataques desde do início da invasão russa, continua nas mãos das forças ucranianas, apesar do ultimato deste domingo feito pela Rússia, para entregar esta cidade. A Ucrânia recusou entregar Mariupol à Rússia.

cidade de Mariupol é um ponto estratégico para Moscovo pela sua localização — está situada junto ao Mar de Azov e a meio caminho de Donbass e a Crimeira, duas regiões já dominadas por Putin.

Além dos ataques em Kiev e em Mariupol, registaram-se este domingo ataques em vários pontos do país, como em Lviv e em Lutsk. As tropas russas continuam a avançar a partir da Crimeia para Mykolaiv e para a central nuclear de Zaporíjia.

Pode também seguir os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador, que estão também a ser contados pelos enviados especiais do Observador à Ucrânia, Pedro Jorge Castro e João Porfírio.

O que aconteceu durante a noite?

  • Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, disse que existe um “sinal claro” de que a Rússia usará armas biológicas e químicas na Ucrânia. E nega que os Estados Unidos ou a Ucrânia também esteja a usar esse tipo de armamento.
  • Um tablóide russo pró-Kremlin publicou um artigo avançando que, de acordo com números do Ministério da Defesa russo, 9.861 soldados russos morreram na Ucrânia e 16.153 ficaram feridos. São números muito diferentes daqueles que foram avançado pela Rússia, que, a 2 de março, fala de apenas 498 vítimas. A notícia foi apagada entretanto.
  • Um dos aliados de Putin e ex-Presidente russo disse que os líderes polacos mentiram quando “prometeram ajuda e amizade a Zelensky” na visita a Kiev, acusando a Polónia de ser “vassala” dos EUA. O Kremlin deixou duras críticas ao regime polaco, cuja propaganda tem sido a mais “malvada, vulgar e estridente crítica da Rússia”, sendo comandada por uma “comunidade de imbecis políticos”, acusou.
  • Já acabou o processo de substituição dos trabalhadores que estavam retidos em Chernobyl desde que a Rússia conquistou o controlo da central nuclear, avança o relatório da Agência Internacional de Energia Atómica publicado hoje. Os trabalhadores da central nuclear foram transportados para Slavutych, a cidade a 45 quilómetros de Pripyat (e a 200 quilómetros de Kiev) criada após o acidente nuclear de 1986 para abrigar os sobreviventes do desastre. Houve 13 funcionários que não quiseram ser rendidos e preferiram permanecer na central nuclear.

O que aconteceu durante a tarde?

  • A Rússia baniu o Instagram e o Facebook, após as duas redes sociais permitirem discurso de ódio contra o Presidente russo (permitindo, inclusive, ameaças de mortes a Vladimir Putin).
  • O governo russo chamou o embaixador dos EUA no país, John Sullivan, para uma reunião. O diplomata recebeu uma nota de desagrado sobre os comentários de Joe Biden (que classificou recentemente Vladimir Putin como um “criminoso de guerra”, “ditador assassino” e “rufia puro”) e a indicação de que as relações diplomáticas entre EUA e Rússia estão “na iminência de serem cortadas”.
  • O Presidente da Ucrânia garantiu que não vai aceitar ultimatos da Rússia para pôr fim à guerra no país e que cidades como Kiev, Mariupol e Kharkiv nunca irão aceitar uma ocupação russa.
  • Diversos vídeos partilhados nas redes sociais mostram um cenário de tensão em Kherson, com alegados disparos de armas de fogo e lançamento de granadas por forças russas com civis por perto durante uma manifestação.
  • Joe Biden avisou que a Rússia pode levar a cabo um “ciberataque contra os Estados Unidos” em resposta “aos custos económicos sem precedentes impostos” ao país. “Faz parte do seu manual”, disse o Presidente norte-americano.
  • O ministro da defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, encontrou-se com o seu homólogo britânico, Ben Wallace, em Londres. Os dois ministros discutiram a “resistência e a coragem da Ucrânia face à invasão da Rússia” e também o apoio do Reino Unido a Kiev, incluindo o fornecimento de armas e ajuda humanitária.
  • O ministro da Defesa da Ucrânia disse, em conferência de imprensa após a reunião, que “Moscovo tem medo do exército ucraniano e, por isso, está a lutar contra os civis”, elogiando o Reino Unido pelas suas ações desde o início da invasão.
  • O ministério da Defesa britânico fez entretanto mais uma atualização relativa à evolução do conflito. Os dados foram apurados, como tem acontecido diariamente, pelos serviços de informação britânicos. Segundo o Governo do Reino Unido, “continuam os combates intensos na zona norte de Kiev,” mas “as forças russas” que se dirigem para a cidade a partir de nordeste deixaram de avançar.
  • Desde o início da guerra na Ucrânia já morreram 925 civis e outros 1.496 ficaram feridos. O número oficial de vítimas foi avançado, esta segunda-feira, pelas Nações Unidas.
  • A Organização Mundial da Saúde anunciou que foram registados seis ataques a instituições de cuidados de saúde este domingo.
  • Augusto Santos Silva disse que os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, reunidos em Bruxelas, discutiram um novo pacote de sanções à Rússia. Embargo às importações de petróleo “não está a ser discutido”.
  • Boris Romantschenko, sobrevivente do Holocausto, morreu na passada sexta-feira, em Kharkiv, na sequência de um bombardeamento que atingiu a sua casa. O homem tinha 96 anos e sobreviveu aos campos de concentração de Buchenwald, Peenemünde, Mittelbau-Dora e Bergen-Belsen.

O que aconteceu durante a manhã?

  • Kiev decretou novo recolher obrigatório até quarta-feira de manhã. Entre as 20h e as 07h, os habitantes da capital ucraniana não podem sair de casa.
  • A decisão do recolher obrigatório surgiu na sequência dos bombardeamentos que aconteceram durante a noite de domingo e madrugada de segunda-feira em Kiev. O último balanço, feito esta manhã, dá conta de oito mortos.
  • Os enviados especiais do Observador relatam um “cenário de destruição”. “Não há vidro que não tenha sido estilhaçado.” Pode ouvir o relato completo aqui.
  • Zelensky pediu aos líderes europeus para que apliquem mais sanções à Rússia e suspendam todo o comércio que ainda mantêm com o Kremlin. “Por favor, não patrocinem as armas de guerra deste país, da Rússia”, disse.
  • O presidente ucraniano escreveu também uma nota informativa, que foi enviada à comunicação social. “O exército russo não consegue encontrar um caminho de regresso a casa. É por isso que os nossos soldados os ajudam, indicando o caminho para o julgamento de Deus“, escreveu.
  • A Rússia informou que os seus militares destruíram 44 alvos militares ucranianos na última noite.
  • A Ucrânia atualizou também os seus números e adiantou que já morreram cerca de 15 mil soldados russos.
  • Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, classificou a ofensiva russa sobre Mariupol como “um enorme crime de guerra”. Borrell acusou a Rússia de “destruir tudo, bombardear e matar toda a gente” em Mariupol.
  • A cidade portuária de Mariupol continua nas mãos da Ucrânia. O deputado ucraniano Dmytro Gurin falou sobre esta resistência e acredita que a estratégia russa para que a Ucrânia entregue Mariupol passa por impedir que a comida chegue a esta cidade.
  • Serhiy Bratchuk, do centro de operações da Administração Militar Regional de Odessa, adiantou esta segunda-feira que vários navios de guerra russos bombardearam edifícios nos arredores de Odessa.
  • A Rússia reabriu a bolsa de valores — mas só na dívida pública –, que está fechada desde o dia 25 de fevereiro.
  • A China vai doar mais 10 milhões de yuans (1,4 milhões de euros) em ajuda humanitária à Ucrânia, de acordo com a agência Reuters.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • A Ucrânia rejeitou o ultimato feito pela Rússia, para entregar a cidade portuária de Mariupol. Zelensky ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas a vice-primeira-ministra Iryna Vereschuk disse que a rendição da cidade “não é uma opção”. A Rússia estabeleceu um limite até às 2h00 desta madrugada, mas a Ucrânia não cedeu.
  • As sirenes continuaram a tocar em Kiev, onde se registaram várias explosões. Os ataques das tropas russas atingiram a zona residencial de Podilskyi, incluindo um centro comercial e várias habitações. De acordo com a informação avançada pela AFP, este ataque provocou, pelo menos, seis mortos.
  • Ainda sobre a capital ucraniana, o ministério da Defesa do Reino Unido adiantou que “os combates continuam a norte de Kiev”. As forças russas estão a caminho do nordeste de Kiev e a maioria está a mais de 25 quilómetros do centro da capital ucraniana.
  • Joe Biden irá “viajar para a Polónia após os encontros em Bruxelas com os aliados da NATO”, anunciou a Casa Branca. Biden irá discutir a forma como “os Estados Unidos, em conjunto com os seus aliados e parceiros, irá responder à crise humanitária e de direitos humanitária criados pela guerra injustificada que a Rússia começou na Ucrânia.”
  • Um ataque das tropas russas em Sumy provocou uma fuga de amoníaco numa fábrica de compostos químicos. Esta fuga contaminou uma área com um raio de cerca de 5 quilómetros em torno da fábrica e os habitantes desta cidade estão a ser aconselhados a cobrir as vias respiratórias com gaze embebida em ácido cítrico.

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