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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 34.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

As negociações entre Ucrânia e Rússia decorreram durante a manhã e um dos negociadores ucranianos avançou que Putin e Zelensky podem encontrar-se. Reino Unido diz que Rússia não conseguiu cercar Kiev.

Peace talks between delegations from Russia and Ukraine
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Anadolu Agency via Getty Images

Anadolu Agency via Getty Images

Este é o 34.º dia de guerra na Ucrânia. Esta terça-feira fica marcada pela retoma das negociações entre as delegações ucraniana e russa, que decorreram em Istambul, na Turquia. Erdogan, presidente turco, falou com as duas partes antes do início das conversações, sublinhando que “uma paz justa não terá um derrotado”. As conversações terminaram ao final da manhã e o Kremlin deverá emitir um comunicado sobre as negociações durante a tarde.

Quer de acordo com o presidente ucraniano, quer de acordo com as informações avançadas pelo ministério da Defesa britânico, através do seu relatório diário sobre a invasão, os militares ucranianos fizeram alguns progressos nas últimas horas. Zelensky disse que a Ucrânia conseguiu reconquistar Irpin e o Reino Unido acrescentou que a Ucrânia continua a travar as forças russas nas regiões de Bucha e Hostomel.

Esta terça-feira, a Ucrânia adiantou ainda que conseguiu reconquistar Trostyanets, a segunda cidade ucraniana que tinha sido conquistada pela Rússia. No entanto, as forças russas continuam, e tal como se pode ver no mapa, a marcar presença nas regiões junto às fronteiras com a Rússia e com a Bielorrússia.

Aqui fica um ponto de situação para compreender o que aconteceu nas últimas horas. Pode também seguir os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador.

O que aconteceu durante a noite

  • O Reino Unido disse hoje que é “quase certo que a ofensiva russa falhou o seu objetivo de cercar Kiev”. De acordo com a mais recente atualização do Ministério da Defesa britânico sobre a guerra na Ucrânia, “a redução da atividade” russa na zona de Kiev pode “indicar a aceitação por parte da Rússia de que perdeu a iniciativa nessa região”. O Ministério da Defesa considera ser “altamente provável” que a Rússia desloque o seu poderio militar de Kiev para as regiões de Donetks e Luhanks.
  • Depois de alguns oficiais norte-americanos terem recusado acreditar na retirar de tropas russas de Kiev, o Pentágono afirmou esta noite que os movimentos do exército da Rússia registados na região se tratam de um “reposicionamento” e não de uma “retirada”.
  • Volodymyr Zelensky apontou “sinais positivos” nas negociações com a Rússia, mas sublinhou que não existem razões “para confiar nas palavras de representantes de um Estado que continua a destruir a Ucrânia”, sublinhando que o país não é ingénuo. “O inimigo ainda está no nosso território”, declarou o presidente ucraniano.
  • O governo ucraniano denunciou “inúmeros casos” de violação de mulheres por soldados russos. A denúncia foi feita pelo ministro do Interior ucraniano, que disse numa reunião em Bruxelas que a Ucrânia tem provas dos crimes.
  • Os Estados Unidos da América estão a preparar novas sanções dirigidas às redes de fornecimento da indústria militar russa, revelou o vice-secretário do Tesouro, Adewale Adeyemo. As sanções fazem parte de um esforço contínuo para pressionar a economia russa.
  • Membros do Comité de Relações Internacionais do Senado norte-americano apelaram ao executivo de Joe Biden para que faça pressão para que a Rússia seja retirada do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, lembrando as mortes e a destruição de casas, hospitais e escolas na Ucrânia na sequência do conflito.

O que aconteceu durante a tarde

  • Várias fontes puseram hoje em causa a seriedade das declarações russas sobre a intenção de diminuir a atividade militar nas regiões de Kiev e Chernihiv. O secretário de Estado norte-americano questionou o otimismo em relação às negociações, alertando que há uma diferença entre o que a Rússia diz e o que a Rússia faz.
  • Também Boris Johnson, que falou hoje com os líderes dos EUA, França, Alemanha e Itália, considerou que o “regime de Putin deve ser julgado pelas suas ações, não pelas suas palavras”. De acordo com um comunicado emitido por Downing Street, os cinco líderes insistiram que o ocidente não pôde baixar a guarda até que “o horror infligido na Ucrânia termine”.
  • Fontes ouvidas pela Sky News e BBC chamaram igualmente a atenção para a necessidade de continuar alerta para eventuais ofensivas russas. “Nesta altura, temos pouca confiança que marque uma mudança significativa ou uma retirada significativa”, disse à BBC um oficial norte-americano, referindo-se às notícias que davam conta do início de retirada de algumas tropas russas de Kiev. Uma outra fonte defendeu que os militares não estão a abandonar a zona, mas a redistribuir-se.
  • O número de mortos no ataque ao edifício governamental da cidade de Mykolaiv subiu para 12, informaram os serviços de urgência ucranianos. Pelo menos 33 pessoas ficaram feridas. As equipas de resgate continuam no local. Metade do prédio ficou destruído.
  • Roman Hrybov, um dos soldados que defendia a ilha de Zmiinyi e que disse aos atacantes russos para se irem “lixar”, foi libertado e já está em casa. Foi condecorado pelo seu “heroísmo”, informou o governo ucraniano, que não divulgou informações sobre os outros militares de Zmiinyi que foram feitos reféns pelos russos.
  • Vladimir Putin declarou que os “nacionalistas” ucranianos em Mariupol têm de “baixar as armas” e render-se. Em conversa com Emmanuel Macron, o presidente russo disse que ia “pensar” na possibilidade de deixar entrar uma missão humanitária na cidade, cercada há várias semanas.
  • No último mês, foram expulsos mais de 100 cidadãos russos do território europeu, contabilizou a Sky News. Só esta terça-feira saíram 43, de países como Bélgica ou Irlanda.

O que aconteceu durante a manhã

  • Depois de terminada a reunião entre Ucrânia e Rússia, Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky, referiu que foi discutido um “acordo sobre garantias internacionais de segurança para a Ucrânia” e a possibilidade de um cessar-fogo.
  • A Ucrânia terá feito uma proposta de neutralidade, em troca de garantias de segurança no país.
  • Um dos negociadores ucranianos, avançou a AFP, disse que é possível um encontro entre Zelensky e Putin.
  • Ainda antes do início das negociações, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano aconselhou os negociadores a não “comer ou beber nada” durante as negociações. “Preferencialmente, evitem tocar em qualquer superfície”, acrescentou Dmytro Kuleba.
  • O alerta de Kuleba surgiu na sequência das notícias que avançaram, esta segunda-feira, uma suspeita de envenenamento de Abramovich. O oligarca russo esteve presente na reunião que decorreu esta manhã.
  • Ainda sobre as suspeitas de envenenamento, o Kremlin afastou qualquer envolvimento. E Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky, disse que existe “muita especulação e várias teorias da conspiração”.
  • Rússia diz que vai reduzir “radicalmente” a atividade militar em Chernihiv e perto de Kiev, segundo a AFP.
  • Um ataque ao edifício estatal em Mykolaiv provocou, pelo menos, sete mortos. A informação foi avançada por Zelensky, que acrescentou que 22 pessoas ficaram feridas.
  • Bolsas disparam com notícia de desenvolvimentos positivos nas negociações entre Ucrânia e Rússia. E o petróleo desce.
  • Zelensky falou no Parlamento dinamarquês e referiu que os ataques em Mariupol são “crimes contra a humanidade, que estão a acontecer à frente dos olhos de todo o mundo”.
  • A Rússia poderá não se opor à entrada da Ucrânia na União Europeia e poderá abandonar as exigências de “desnazificação” e desmilitarização, caso desista da sua intenção de entrar na NATO. A informação foi avançada pelo Financial Times.
  • Ucrânia anunciou a abertura de três corredores humanitários — em Mariupol, Melitopol e Energodar.

O que aconteceu durante a madrugada

  • As negociações entre as delegações russa e ucraniana já começaram. Erdogan, o presidente turco, falou com as duas partes antes do início das conversações e disse que “uma paz justa não terá um derrotado”.
  • Zelensky falou ontem à noite, na sua habitual mensagem diária dirigida ao país, sobre os avanços das tropas ucranianas e garantiu que a Ucrânia está a recuperar terreno na região de Kiev. Além disso, o presidente ucraniano referiu que foi possível reconquistar Irpin.
  • Também o ministério da Defesa britânico atualizou ao início desta manhã o seu relatório sobre as movimentações das tropas dos dois países na Ucrânia. E confirmou a informação avançada por Zelensky, sobre Irpin, acrescentando que a Ucrânia continua a afastar as forças militares russas nas regiões de Bucha e Hostomel.
  • Em entrevista à PBS, Peskov adiantou que “ninguém está a pensar usar” armas nucleares. Como é habitual, o porta-voz do Kremlin chamou “operação militar especial” à invasão da Rússia à Ucrânia e acrescentou que os objetivos de Moscovo “não são razão para o uso de uma arma nuclear”.
  • Mais de 60 igrejas foram destruídas pelos bombardeamentos, desde 24 de fevereiro, dia em que começou a guerra na Ucrânia. Também mais de 733 estabelecimentos de ensino foram alvo de ataques — 74 ficaram completamente destruídos.
  • Mais de 140 crianças morreram desde o início da guerra. O governo ucraniano avançou este número, mas alertou que estes números poderão ser mais elevados, já que os dados de algumas cidades, como Mariupol, não estão atualizados.

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