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Era mais um jogo para Guardiola, era mais uma final para Klopp. No fim, deu empate técnico — mas com mais sorrisos para um lado

Este artigo tem mais de 2 anos

City e Liverpool empataram e deixaram Premier na mesma, com os citizens a dependerem apenas de si para revalidar o título (2-2). Guardiola não ganhou mas também não perdeu — e tem motivos para sorrir.

Manchester City v Liverpool - Premier League
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Gabriel Jesus marcou o segundo golo do Manchester City, ainda na primeira parte

Getty Images

Gabriel Jesus marcou o segundo golo do Manchester City, ainda na primeira parte

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Era um Manchester City-Liverpool. Um dos jogos mais importantes do ano, da época, do mundo. Um jogo que valia a liderança da Premier League e que, consequentemente, poderia valer a conquista da própria liga inglesa. Era o confronto, mais um, entre dois dos treinadores mais importantes das últimas décadas e duas das equipas mais dominantes da memória recente do futebol europeu. Mas, para Pep Guardiola, era preciso não esquecer algo imprescindível: o futebol continua a ser a coisa mais importante das menos importantes da vida.

“Claro que temos de trabalhar naquilo que temos de fazer, claro que temos de falar sobre tudo e preparar o jogo. Mas no fim, continuo a dormir, acordo de manhã, tomo o pequeno-almoço, almoço e janto. Preparo o treino e depois vou descansar um pouco, vou estar completamente relaxado em frente à televisão a ver o Tiger Woods e o Tommy Fleetwood. As pessoas dizem-no e é mesmo verdade: existem coisas mais importantes na vida. O que é que pode acontecer? Perder o jogo? Perder a Premier League? É triste… Mas voltamos a tentar no próximo ano”, disse o treinador do Manchester City na antevisão da partida, retirando um dose extraordinária de pressão de cima do plantel.

Do outro lado, o discurso não era assim tão simples. “É um jogo importante, um jogo muito importante. Mas temos algo estabelecido desde o início, que é o facto de existir uma temporada para acabar depois deste jogo e de esses jogos serem tão importantes quanto este. O nosso calendário é uma loucura. Jogamos contra o City e depois contra o Benfica, o Manchester United e o Everton. Estão todos à espera de que celebremos durante três ou quatro dias se ganharmos ao City mas não vai acontecer. É muito entusiasmante, muito interessante e estamos muito ansiosos. Todos os jogos são finais e este não é diferente”, explicou Jürgen Klopp.

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Ora, este domingo, no Etihad, Manchester City e Liverpool defrontavam-se separados por apenas um ponto, com vantagem para os citizens, que estavam na liderança da Premier League. Depois da vitória tangencial contra o Atl. Madrid a meio da semana, na Liga dos Campeões, Guardiola lançava João Cancelo e Bernardo Silva no onze e apostava em Phil Foden, Gabriel Jesus e Sterling no trio ofensivo, com Gündoğan, Mahrez e Grealish a começarem todos no banco. Do outro lado, também depois de uma vitória europeia mas perante o Benfica no Estádio da Luz, Klopp colocava Diogo Jota em conjunto com Mané e Salah no ataque, lançando Henderson no meio-campo, e deixava Luis Díaz e Firmino na condição de suplentes.

Numa primeira parte disputada a um ritmo muito alto e onde o Manchester City foi sempre superior, Sterling teve a primeira oportunidade do jogo ao aparecer na cara de Alisson (5′). Instantes depois, a equipa de Guardiola conseguiu mesmo abrir o marcador: Bernardo cobrou um livre de forma muito rápida no corredor central, De Bruyne avançou descaído na esquerda e atirou de fora de área, beneficiando ainda de um desvio em Matip que enganou o guarda-redes do Liverpool (5′).

Os reds responderam pouco depois e por intermédio de Diogo Jota. Robertson recolheu um alívio da defesa adversária na esquerda, cruzou de forma certeira para o poste mais distante e viu Alexander-Arnold, com um passe de primeira, servir o avançado português na perfeição (13′). Mesmo com o resultado novamente empatado, o Liverpool não teve capacidade para equilibrar as ocorrências e continuou algo limitado a nível ofensivo, totalmente empurrado pelo Manchester City para o próprio meio-campo. Os citizens causavam estragos essencialmente pelo corredor esquerdo, aproveitando a falta de trabalho defensivo de Salah, as subidas de Alexander-Arnold e o facto de Van Dijk estar do outro lado e tiveram várias oportunidades para voltar à vantagem.

O segundo golo, contudo, só apareceu já perto do intervalo. João Cancelo resgatou um alívio do Liverpool depois de um pontapé de canto, voltou a cruzar para o segundo poste e toda a gente se esqueceu de Gabriel Jesus: o brasileiro fugiu a Alexander-Arnold, que ficou a meio do caminho, e desviou na cara de Alisson (37′). No final da primeira parte, o City estava a ganhar e estava a ganhar bem, apresentando-se num nível muitos furos acima do do Liverpool.

A entrada da equipa de Jürgen Klopp na segunda parte, contudo, não podia ter sido melhor. Alexander-Arnold combinou com Salah, o egípcio desequilibrou no corredor central e abriu na grande área em Mané, que atirou à saída de Ederson (46′). O avançado senegalês empatou a partida logo nos primeiros instantes depois do intervalo e relançou por completo as contas do jogo, potenciando também o melhor período do Liverpool no Etihad e congelando o ímpeto do Manchester City. Nesta fase, Sterling ainda colocou a bola no fundo da baliza mas o lance foi anulado por fora de jogo do inglês (64′).

Klopp foi o primeiro a mexer, a 20 minutos do fim, e trocou Diogo Jota por Luis Díaz. Guardiola respondeu pouco depois, com Mahrez a render Sterling, e o jogo ia prosseguindo sem grandes oportunidades e com um ligeiro ascendente dos citizens que não desmontava por completo o claro equilíbrio da partida.

Até ao fim, já pouco aconteceu: Manchester City e Liverpool empataram e nada mudou na classificação da Premier League, com os atuais líderes e ainda campeões ingleses a beneficiarem do facto de dependerem apenas de si próprios para reconquistar o título. No meio de uma eliminatória difícil contra o Atl. Madrid e com um calendário teoricamente mais acessível do que o dos reds, a equipa de Guardiola não ganhou mas também não perdeu — e isso não deixa de ser uma vitória.

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