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Kerimov e mais dez: nos Pandora Papers, há 11 russos sancionados. Um deles é Alexéi Mordashov, o 5º mais rico do país

Este artigo tem mais de 2 anos

Suleiman Kerimov não é o único oligarca russo sancionado a aparecer nos Pandora Papers. Ao todo são 11 magnatas e incluem figuras próximas de Putin: do 5º mais rico do país a um antigo agente do KGB.

Russian President Vladimir Putin visits Cherepovets
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Aleixei Mordashov, um dos visados nos "Pandora Papers", ao lado do Presidente russo Vladimir Putin em 2020

Mikhail Svetlov/Getty Images

Aleixei Mordashov, um dos visados nos "Pandora Papers", ao lado do Presidente russo Vladimir Putin em 2020

Mikhail Svetlov/Getty Images

Além de Suleiman Kerimov, há mais dez empresários e magnatas russos sancionados após a invasão da Ucrânia apanhados nas malhas dos Pandora Papers — uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

A informação é dada pelo jornal El País, um dos meios de comunicação que integra o consórcio. Segundo o diário espanhol, há pelo menos 42 magnatas russos envolvidos. Em conjunto, detêm uma riqueza equivalente a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, refere ainda o El País. Destes 42, 11 foram sancionados recentemente na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

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Mordashov, barão do aço e quinto russo mais rico do planeta

Um dos oligarcas russos visados é Alexei Mordashov. Em tempos descrito como “o homem mais rico da Rússia”, construiu riqueza nos setores do turismo e viagens e  produção e exportação de aço.

Em 2021 Mordashov tinha sido considerado a 51ª pessoa mais rica do mundo pela revista Forbes, estando a sua fortuna estimada em quase 18 mil milhões de euros. Já este ano surge em 138º lugar na mesma lista, com a fortuna avaliada em perto de 12.5 mil milhões de euros. É o quinto cidadão russo mais rico do planeta, segundo esta mesma lista mais recente que já tem dados atualizados que refletem o impacto das sanções e da guerra na Ucrânia.

Em fevereiro de este ano, Mordashov foi sancionado pela União Europeia e Reino Unido, devido às suas “ligações ao poder executivo” do Kremlin, tendo sido afetado também pela proibição de importações à Rússia — visto que controla o maior produtor de aço da Rússia, a Severstal, que até à guerra exportava anualmente três milhões de toneladas de aço para países da UE.

Agora, no site do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, é contada a história de como “como a PwC [PricewaterhouseCoopers] ajudou um barão russo do aço” — precisamente Alexei Mordashov —  a “fazer crescer o seu império offshore“.

Chemezov, antigo agente do KGB próximo de Putin, também apanhado

Também envolvido nos Pandora Papers está o magnata Sergey Chemezov, antigo agente do KGB, próximo de Putin e presidente executivo de um conglomerado público (Rostec) que produz grande parte do equipamento militar e industrial usado pelo setor da Defesa da Rússia. Um iate de Chemezov, avaliado em 140 milhões de euros, foi apreendido recentemente em Espanha na sequência da invasão russa à Ucrânia.

Russian President Vladimir Putin marks the 10-th anniversary of Rostec State copropation Russian President Vladimir Putin marks the 10-th anniversary of Rostec State copropation

Chemezov e Vladimir Putin, juntos em dezembro de 2017

Mikhail Svetlov/Getty Images

Foram ainda apanhados nas informações dos Pandora Papers oito administradores de bancos russos de relevo, entre os quais Petr Aven — antigo executivo do Alfa-Bank, o maior banco comercial russo —, Herman Gref, ex-presidente executivo do Sberbank, e Mijaíl Fridman, acionista do Alfa-Bank.

Ao todo foram identificadas 3.700 sociedades ligadas a mais de 4.400 cidadãos russos nos Pandora Papers. A nacionalidade russa é aliás a mais comum entre os nomeados nos Pandora Papers.

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