Vários oligarcas russos alvo de sanções devido à invasão da Ucrânia pela Rússia surgem agora associados a uma investigação dos Pandora Papers, que denuncia a forma como conseguiram esconder a sua riqueza através de offshores. No total, revela a investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, existem 3.700 sociedades associadas à Rússia.

O nome de Suleiman Kerimov, oligarca russo e aliado de Putin, surge nos documentos divulgados por esta investigação: o empresário e terá feito, no total, transações suspeitas no valor de 700 milhões de dólares, entre 2010 e 2015. Associado a este oligarca russo está um tatuador suíço que foi nomeado como proprietário de uma empresa que transferiu mais de 300 milhões de dólares para outras associadas a Suleiman Kerimov.

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Os Estados Unidos determinaram uma série de sanções contra Kerimov já em 2018 e, mais recentemente, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro, vários países seguiram um caminho semelhante. Kerimov é dono da Polyus Gold, uma das maiores empresas mineiras e metalúrgicas do mundo e a maior produtora de ouro da Rússia, e recentemente viu apreendida, por exemplo, a sua mansão na Riviera Francesa, que comprou por 127 milhões de euros.

Nos documentos surge também o nome do suíço Alexander Studhalter, um economista que terá ajudado  Kerimov a administrar as contas offshore nas ilhas Caimão e nas Ilhas Virgens. Terá sido Alexander Studhalter a nomear o já referido tatuador para ficar à frente de uma das empresas fictícias. Estas empresas administradas por testas de ferro ajudaram a financiar, por exemplo, jatos privados.

De acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, já em 2016 tinha sido denunciado que empresas associadas a este oligarca russo fizeram transferências de cerca de 200 milhões de dólares, sem justificação, a um grupo de empresas ligadas a um amigo de infância de Putin.