O Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, disse, esta segunda-feira, que a expansão da NATO para perto das fronteiras russas é um “problema” que está a ser criado de forma “totalmente artificial”.
Apontando que a adesão de novos países à NATO é apenas do interesse da política externa dos Estados Unidos, o chefe de Estado russo afirma que a aliança é “usada como um instrumento” de Washington de forma “bastante persistente, astuta e muito agressiva”.
Numa reunião com os chefes de Estados da Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão, Vladimir Putin também comentou o pedido de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO.
De acordo com a agência RIA, o Presidente russo sublinhou que não existem quaisquer problemas nas relações bilaterais entre a Rússia e os dois países nórdicos, mas fez questão de ressalvar que “a expansão da infraestrutura militar” para o território da Suécia e da Finlândia “certamente causará uma resposta”.
“E veremos qual será [essa resposta] consoante as ameaças que nos forem criadas. Responderemos de acordo”, garantiu Vladimir Putin.
Além disso, o Presidente russo acusou a Ucrânia de glorificar o nazismo. “Em mais nenhum lugar, nos países civilizados, há milhares de cortejos neonazis com tochas e com símbolos neonazis incentivados pelas autoridades”, atirou, que voltou a insistir: “Isso não é feito em nenhum lugar”, tendo lamentando que tal esteja a acontecer na Ucrânia.
Apontando o dedo ao Ocidente, Vladimir Putin diz que os países ocidentais estão a ignorar este problema na Ucrânia, estando também a “demolir barbaramente os monumentos dos heróis que libertaram a Europa”, referindo-se aos soldados do Exército Vermelho.
Para o Presidente russo, o Ocidente está a tentar “reescrever cinicamente a História” e a negar “as façanhas de todos aqueles” que venceram a Segunda Guerra Mundial, estando também a “elogiar assassinos e traidores”.
Na mesma intervenção pública, Vladimir Putin denunciou que a Ucrânia conseguiu desenvolver componentes de armas biológicas perto da fronteira russa, indicando que foram planeados “métodos e mecanismos para desestabilizar a situação epidemiológica no espaço pós-soviético”.