O sobrevivente do Holocausto Elie Buzyn, uma das últimas testemunhas francesas de Auschwitz, morreu esta segunda-feira de manhã aos 93 anos, anunciou a filha, a ex-ministra francesa Agnès Buzyn.
Ele morreu esta manhã. Estava rodeado da sua família”, disse Agnès Buzyn, antiga ministra da Saúde francesa.
Elie Buzyn “passou o testemunho com uma constância e uma determinação incríveis até ao fim”, afirmou o rabino-chefe de França, Haïm Korsia.
“Enorme testemunha do Holocausto e incansável lutador pela memória, Elie Buzyn deixou-nos”, escreveu também na rede social Twitter o presidente do Conselho Representante das Instituições Judaicas (CRIF), Francis Kalifat.
immense témoin de la Shoah et Infatigable combattant de la mémoire Élie Buzyn, nous a quitté.Jusqu’au bout il a porté la parole des victimes de la barbarie nazie.Son décès me plonge dans une profonde tristesse. Sa mémoire nous oblige. @Fondation_Shoah @Le_CRIF @Shoah_Memorial
— Francis Kalifat (@FrancisKalifat) May 23, 2022
“É com grande tristeza que tomamos conhecimento da morte de Elie Buzyn”, escreveu igualmente no Twitter a Fundação para a Memória do Holocausto.
Nous apprenons avec une grande tristesse le décès d'Elie Buzyn.
Né en 1929 à Lodz en Pologne, il avait vu son frère être exécuté sous ses yeux par les nazis en mars 1940. Enfermé avec sa famille dans le ghetto, il est déporté à Auschwitz avec ses parents et sa sœur en août 1944. pic.twitter.com/6k88Nx8dmS— Fondation pour la Mémoire de la Shoah (@Fondation_Shoah) May 23, 2022
Este sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, na Polónia, nascido nesse país a 7 de janeiro de 1929, foi preso em agosto de 1944 no gueto judeu polaco de Lodz, onde a sua família tinha sido colocada.
Em 1956, instalou-se em França, onde se tornou médico cirurgião ortopedista e casou com uma psicanalista de renome, Etty Wrobel Buzyn, especializada na primeira infância.
Após a Segunda Guerra Mundial, Elie Buzyn manteve-se muito tempo em silêncio, mas depois empenhou-se em transmitir a memória do Holocausto, apelando aos jovens para serem “testemunhas das testemunhas”.