O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu, esta segunda-feira, que as próximas semanas do conflito “serão difíceis”. “Devemos estar conscientes disso”, alertou, garantindo que o país não tem outra alternativa “a não ser lutar”. “Lutar e ganhar. Libertar a nossa terra e o nosso povo. Porque os ocupantes não nos querem tirar alguma coisa, mas tudo o que temos.”

No seu discurso diário à nação, o chefe de Estado ucraniano exortou que todos no país “trabalhem” para a vitória. “Ajudem o exército. Protejam as necessidades do nosso Estado e todas as plataformas internacionais a que se tenha acesso”, apelou.

Enfatizando a “dificuldade e o custo” de a Ucrânia defender o seu território da agressão russa, Volodymyr Zelensky acusou os “ocupantes de levar a cabo uma guerra brutal”. “De facto, não havia uma guerra desta dimensão no continente europeu há mais de 77 anos”, disse, aludindo à II Guerra Mundial. “É uma guerra total”, descreveu, atirando que as forças russas estão a “tentar destruir o máximo de pessoas e infraestruturas que conseguirem”. 

Volodymyr Zelensky denunciou que o exército russo fez mais de 1.474 ataques com mísseis na Ucrânia. “A grande maioria tinha como alvo objetos civis. Em menos de três meses, houve mais de três mil ataques aéreos pelos aviões e helicópteros russos.”

Por agora, a situação mais difícil é em Donbass, principalmente nas localidades de Bakhmut, Popasna e Severodonetsk. “Os ocupantes concentraram aí a maior atividade até agora”, revelou o Presidente ucraniano, que indicou que a Rússia “organizou um massacre”: “Ninguém destruiu tanto o Donbass como as forças russas estão a fazer agora”.

Agradecendo aos “guerreiros que estão a manter a sua posição e têm a coragem de contra-atacar”, Volodymyr Zelensky assinalou que “os ocupantes russos estão a tentar mostrar que alegadamente não vão desistir das áreas ocupadas das regiões de Kharkiv, Kherson, Zaporíjia e Donbass”.

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