A Ucrânia acusou esta terça-feira o exército russo de ter detido cerca de 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, no sul do país, inteiramente ocupada pelas forças de Moscovo.
Segundo uma publicação da representante permanente da Presidência da Ucrânia na Crimeia, Tamila Tacheva, no Twitter, as pessoas estão a ser “mantidas em condições inumanas e estão a ser vítimas de tortura”.
“Segundo as nossas informações, cerca de 600 pessoas estão (…) detidas em porões especialmente preparados na região de Kherson“, informou .
Repr Ukraine's President in Crimea: in Kherson region about 600 people abducted by russia's invaders.They're facing inhuman treatment&torture. Some (both civilians &POWs) are taken to Crimea. Abducted people from the Zaporizhzhia region are also being taken to Crimea pic.twitter.com/TFP2iI5FYW
— Ukrainian Mission to OSCE & UN in Vienna (@UKRinOSCE) June 7, 2022
De acordo com Kiev, os detidos são “principalmente jornalistas e ativistas” que organizaram “comícios pró-ucranianos em Kherson” após a ocupação deste território pelos russos.
Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson — civis, mas também prisioneiros de guerra — foram enviados para prisões na Crimeia, segundo a mesma fonte.
Algumas pessoas que abandonaram Mariupol foram detidas num ponto de controlo na fronteira administrativa na Crimeia. Posteriormente, foram levadas para o centro de detenção de Simferopol”, disse Tamila Tacheva.
A região ucraniana de Kherson tem uma área de cerca de 28.000 quilómetros quadrados, e tinha, antes da invasão da Rússia à Ucrânia, mais de um milhão de habitantes.