Os dois cidadãos norte-americanos capturados pelas forças russas em Kharkiv no dia 9 de junho apareceram em imagens publicadas pelos meios de comunicação russos assim e também num site de extrema-direita britânico.
Andy Huynh, de 27 anos, e Alexander Drueke, de 39 anos — ambos naturais do Alabama — surgem em dois vídeos separados a afirmar, em russo, serem “contra a guerra“, conta a Sky News.
Os dois norte-americanos poderão enfrentar pena de morte, à semelhança do que aconteceu aos dois britânicos e ao soldado de cidadania marroquina detidos por separatistas do Donbass.
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De acordo com o Telegraph, num vídeo publicado num site britânico de extrema-direita, os dois soldados foram questionados — no que terá sido uma conversa preparada — ao longo de uma hora. No vídeo, Alexander Drueke terá pedido por “uma solução diplomática para terminar a guerra“ e Andy Huynh terá afirmado saber que poderia ser executado pelos seus “crimes” e que “aceitava a sua punição”.
Ainda esta segunda-feira, o Kremlin afirmou que os dois cidadãos norte-americanos não podem ser protegidos pela Convenção de Genebra, uma vez que não são tropas regulares do exército ucraniano.
Segundo a agência estatal russa RIA Novosti, citada pela Sky News, os norte-americanos eram “mercenários” em atividades ilegais, além de “terem alvejado soldados russos e colocado a vida destes em perigo”.
Os dois homens estariam a lutar, como voluntários, ao lado das forças ucranianas antes de serem capturados em Kharkiv. Não é certo como é que o site de extrema-direita britânico terá acedido ao vídeo dos norte-americanos.