O escândalo do Dieselgate rebentou em 2015, com o Grupo Volkswagen, mas desde então foram vários os construtores apanhados a instalar nos seus veículos software ilegal, destinado a diminuir artificialmente os valores relativos aos consumos e às emissões durante os testes em banco de ensaio, manipulando assim os resultados. As mais recentes suspeitas deste tipo de prática recaem sobre os sul-coreanos Hyundai/Kia.

A informação foi originalmente veiculada pelo jornal alemão Handelsblatt, que noticiou a visita de 140 investigadores a oito diferentes instalações das duas marcas, na Alemanha e no Luxemburgo. Se vierem a ser confirmadas as suspeitas, o jornal germânico indica que poderão existir cerca de 210.000 veículos equipados com software ilegal.

Segundo os procuradores, os veículos suspeitos foram comercializados até 2020. A Bloomberg deu igualmente a notícia e, desde então, tanto a Hyundai como a Kia já confirmaram as visitas dos investigadores às suas instalações, afirmando que estavam a colaborar com a investigação.

Curiosamente, a atenção dos investigadores não recai apenas sobre os dois construtores sul-coreanos, uma vez que a Bloomberg avança que a investigação está igualmente concentrada nas empresas que forneceram os mecanismos e sistemas ilegais, nomeadamente a Bosch e a Delphi Technologies, entretanto adquirida (em 2020) pela BorgWarner Inc. Resta agora aguardar pelas conclusões das investigações.

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