O navio humanitário ‘Ocean Viking’, da SOS Méditerranée, resgatou esta terça-feira 15 pessoas que se encontravam num pequeno barco insuflável no Mediterrâneo central, transportando agora 306 migrantes a bordo e aguardando um porto seguro para desembarque.
Estas pessoas “têm que desembarcar já”, alertou a organização não-governamental (ONG) numa publicação divulgada hoje nas redes sociais, sublinhando que este foi o oitavo resgate nos últimos 10 dias.
Como em outras situações no passado, a ONG aguarda agora a atribuição de um porto seguro para efetuar o desembarque dos migrantes resgatados na rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês.
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Por outro lado, o navio ‘Geo Barents’, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), atracou no domingo no porto de Taranto, na região italiana de Apúlia, para desembarcar 65 sobreviventes de um naufrágio registado em 28 de junho e no qual pelo menos 30 pessoas desapareceram, incluindo várias crianças e bebés.
A MSF também transportava o cadáver de uma mulher grávida, que morreu a bordo depois de a equipa médica ter tentado, sem sucesso, reanimá-la.
De acordo com dados do Ministério do Interior de Itália, recolhidos até 04 de julho, desde o início do ano já chegaram às costas do país 28.405 migrantes, um número que ultrapassa os valores registados no mesmo período do ano passado: 21.619.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, vai viajar hoje para a Turquia, onde, entre outros assuntos que abordará com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, está a questão da migração, já que o número de migrantes que chegam às costas italianas procedentes da Turquia triplicou desde o ano passado.