788kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

"Putin, go f*ck yourself". Pedro Abrunhosa canta contra a Rússia em Águeda, mas embaixada não gostou

Este artigo tem mais de 1 ano

Pedro Abrunhosa adaptou a canção "Talvez F****" para condenar a invasão da Rússia à Ucrânia. Embaixada russa em Lisboa não gostou e diz que já informou "os órgãos competentes da aplicação da lei".

i

(Rui Oliveira/Observador)

(Rui Oliveira/Observador)

Vladimir Putin (go fuck yourself)
Barco russo (go fuck yourself)
Soldados russos (go fuck yourself)
Vladimir Putin (go fuck yourself)
Filha da Putin (go fuck yourself)

Em palco no festival AgitÁgueda, a 2 de julho, Pedro Abrunhosa adaptou a canção “Talvez F***” — que já noutras ocasiões usou, e alterou, para fazer crítica política — para condenar a invasão da Rússia à Ucrânia. O músico não poupou nas palavras: “Eu nunca escrevi uma música com meias palavras, a palavra menos obscena nesta música é a palavra f***. Tudo o resto é violência, é violação, é morte, é destruição. Eu não escrevi nenhuma música para pedirmos desculpa, eu escrevi uma música para pedirmos justificações”, chegou a dizer a meio da canção.

Por várias vezes o músico instou o público a repetir com ele, e o coro, a expressão “go fuck yourself” depois de mencionar o nome do Presidente russo, o “barco russo” da Ilha da Serpente que ordenou às forças ucranianas para se renderem, os “mísseis russos” ou os “soldados russos” que combatem na Ucrânia. No final, depois de ouvir o público replicar a expressão, atirou: “É Águeda que manda, Vladimir. Go fuck yourself“.

[Veja o vídeo do momento em que Pedro Abrunhosa adapta a canção, a partir do minuto 27]

A Embaixada da Rússia não gostou de ouvir Abrunhosa. Num comunicado no Facebook, já disse que “as respetivas conclusões serão tiradas” e adianta que informou, “através dos canais diplomáticos os órgãos competentes da aplicação da lei“, uma vez que os “gritos vergonhosos” do artista “se enquadram em mais do que um artigo da legislação penal portuguesa”.

A Embaixada tem recebido cartas dos compatriotas russos zangados que afirmam estar chocados pelo comportamento dum dos famosos cantores portugueses Pedro Abrunhosa. Durante o concerto no festival “AgitÁgueda 2022”, a 2 de julho de 2022, ele se permitiu dizer várias coisas grosseiras e inaceitáveis sobre os cidadãos da Federação da Rússia, bem como os seus mais altos dirigentes”, começa por ler-se na publicação no Facebook.

A Embaixada critica que Abrunhosa tenha incentivado “em êxtase os espectadores, entre os quais os russos que também pagaram os bilhetes, que repetissem o que estava a gritar, tendo no final expressado o desejo que as palavras dele fossem ouvidas em Moscovo”.

É então que se dirige diretamente ao músico: “Senhor Abrunhosa não deve ter dúvidas: as suas palavras, indignas do homem de cultura que ainda por cima representa o país, que está a se manifestar abertamente contra qualquer tipo de ódio e discriminação, foram ouvidas. As respetivas conclusões serão tiradas“, escreve, acrescentando que já avisou os “órgãos competentes”. E conclui: “A Embaixada da Rússia continua a vigiar os interesses dos cidadãos russos residentes em Portugal, e nenhumas provocações ignóbeis contra eles ficarão sem resposta”.

O Observador tentou contactar Pedro Abrunhosa, mas ainda sem sucesso.

Esta não é a primeira vez que o artista usa a canção “Talvez F****”, que foi um êxito quando foi lançada, para fazer crítica política. Fê-lo em 1995 contra o então primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva. A canção tem um forte pendor político e social, referindo-se por exemplo ao conflito israelo-palestiniano, à guerra da Bósnia ou aos conflitos na Irlanda do Norte.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora