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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 176.º dia de conflito da Ucrânia?

Este artigo tem mais de 1 ano

Guterres e Erdogan estiveram esta quinta-feira em Lviv num encontro com Zelensky. Os três líderes apelaram às tropas russas para abandonarem a central nuclear de Zaporíjia e desmilitarizem a zona.

António Guterres, secretário-geral da ONU, na primeira visita à Ucrânia desde o início da guerra, em abril
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António Guterres, secretário-geral da ONU, na primeira visita à Ucrânia desde o início da guerra, em abril

Getty Images

António Guterres, secretário-geral da ONU, na primeira visita à Ucrânia desde o início da guerra, em abril

Getty Images

É mais um marco nos esforços para amenizar a situação da guerra na Ucrânia. António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, encontraram-se com Volodymyr Zelensky, esta quinta-feira em Lviv. O encontro surgiu a convite do Presidente da Ucrânia, quase quatro meses depois da primeira visita de Guterres ao país desde a invasão pela Rússia.

Numa conferência de imprensa conjunta, Guterres alertou para a situação na central nuclear ucraniana. “Qualquer potencial dano a Zaporíjia é suicídio”, preveniu. Erdogan aproveitou a ocasião para se oferecer como “facilitador” ou “mediador” das negociações entre a Ucrânia e a Rússia, sublinhando que a Turquia se manteve ao lado dos “amigos ucranianos” e que vai continuar a fazê-lo. Já Zelensky foi claro: só haverá negociações quando o complexo de Zaporíjia for desocupado, quando a situação dos prisioneiros de guerra ucranianos for resolvida e quando os militares russos saírem dos territórios ocupados.

A situação na central nuclear ucraniana foi um tema em destaque. Os três líderes apelaram às tropas russas para abandonarem o complexo e desmilitarizem a zona, devido ao risco de um desastre nuclear que poderá afetar não só a Ucrânia, como os países vizinhos e até a Europa central.

Na sexta-feira o secretário-geral da ONU e o chefe de Estado turco vão visitar o porto de Odessa, banhado pelo Mar Negro. Este é o ponto de partida de uma rota de cereais que foi aberta através de um acordo entre a Ucrânia e a Rússia mediado pelas Nações Unidas.

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Posição e movimentação das tropas no território da Ucrânia a 12 de agosto

Saiba com mais detalhes o que aconteceu durante o dia neste artigo ou no nosso liveblog, aqui.

António Guterres encontra-se com Zelensky em Lviv esta quinta-feira

O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

  • Num dia marcado pelo encontro com o Presidente da Turquia e com o secretário-geral das Nações Unidas, o líder ucraniano sublinhou que o país “pode e deve pensar apenas em como vencer”: no campo de batalha, na frente política, económica, “em tudo”.
  • Um incêndio numa base de munições no sul da Rússia obrigou à retirada da população de duas vilas (Timonovo e Soloti) na regiao de Belgorod. As povoações estão localizadas a cerca de 15 quilómetros da Ucrânia.
  • Foram reportadas novas explosões na Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014. Três testemunhas disseram à Reuters que pelo menos quatro explosões foram registadas em Sevastopol, perto do aeroporto militar russo de Belbek. A agência NEXTA refere que em Kerch residentes da cidade reportaram duas explosões.
  • As autoridades ucranianas atualizaram o número de vítimas dos bombardeamentos russos à cidade de Kharkiv. Num ataque a uma área residencial na noite passada morreram 12 pessoas, enquanto outras três morreram após um novo bombardeamento durante a manhã.
  • Familiares dos soldados ucranianos do Batalhão Azov juntaram-se hoje num protesto pelas ruas da cidade de Lviv. Viúvas, mães e irmãs dos militares carregaram cartazes onde pediam o regresso dos “heróis” a casa.
  • Um navio russo que alegadamente transporta cereais ucranianos roubados terá atracado na Síria. Imagens de satélite a que a Associated Press teve acesso parecem mostrar o SV Konstantin no porto de Tartus.
  • As autoridades australianas rescindiram o contrato de arrendamento do local designado para a construção da nova embaixada russa em Canberra. Segundo a SkyNews Austrália foi exigido à Rússia que abandone o local no prazo de 20 dias.
  • A Finlândia está a investigar a alegada entrada de dois caças russos no seu espaço aéreo durante um quilómetro. Se confirmada a suspeita, será a terceira violação aérea da Rússia no país este ano.
  • O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia publicou uma atualização do número de perdas da Rússia. Adianta que mais de 44 mil soldados russos morreram desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.
  • O ministro do Comércio turco, Mehmet Muş, assinou um acordo com o ministro das Infraestruturas ucraniano, Oleksandr Kubrakov, para a reconstrução das infraestruturas destruídas pela guerra.

O que aconteceu durante a manhã e início da tarde?

  • A Ucrânia e a Rússia trocaram acusações sobre uma possível “provocação” na central nuclear de Zaporíjia na sexta-feira. Kiev diz que foi anunciado um dia de folga inesperado no complexo. Já Moscovo prevê um acidente nuclear com o objetivo de culpar as forças russas.
  • França não ficou convencida com a proposta do chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre a construção de um gasoduto que ligue a Península Ibérica à Europa central. Considera que o projeto seria demorado, acabando por não ajudar na atual crise.
  • O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia admitiu que o Kremlin pode vir a utilizar armas nucleares, mas só “em circunstâncias de emergência” e “em resposta” a um ataque.
  • Pelo menos 11 pessoas morreram, incluindo três crianças, e 35 ficaram feridas num ataque russo em Kharkiv, disseram as autoridades ucranianas.
  • O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que três caças MiG-31, armados com mísseis hipersónicos Kinzhal, foram deslocados para a base aérea de Chkalovsk, no enclave de Kaliningrado, no âmbito de “medidas adicionais de dissuasão estratégica”.
  • Um modelo do Instituto Hidrometeorológico da Ucrânia mostra que, no caso de um desastre na central nuclear de Zaporíjia, a radiação poderia chegar até à Europa central, afetando a Bielorrússia, os países Bálticos, a Polónia, a Hungria e a Roménia.
  • O grupo de piratas informáticos russo KillNet reivindicou um ciberataque a 207 instituições públicas e privadas estónias, incluindo sistemas de pagamento. O subsecretário para a Transformação Digital, Luukas Ilves, confirmou o ataque, que descreveu como o maior no país desde 2007.
  • Um navio partiu do porto de Chornomorsk, na Ucrânia, com um carregamento de milho. São já 25 os navios com cereais que saíram da Ucrânia através do mar Negro, ao abrigo do acordo mediado pelas Nações Unidas e Turquia.
  • O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano confirmou que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica aceitou o convite de Kiev para permitir a entrada de uma delegação na central nuclear de Zaporíjia.
  • A China e a Rússia, entre outros países, estão a organizar um exercício militar conjunto. O ministério da Defesa chinês assegurou que essa operação “não está relacionada com a atual situação internacional e regional”.
  • Oleksiy Arestovych, um dos mais importantes conselheiros do Presidente ucraniano, disse que a Rússia conquistou apenas “avanços mínimos” no território ao longo do último mês e que a guerra chegou a um “impasse estratégico”.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • A Rússia conquistou apenas “avanços mínimos” na Ucrânia ao longo do último mês e a guerra chegou a um “impasse estratégico”, considerou Oleksiy Arestovych, um dos mais importantes conselheiros do Presidente ucraniano.
  • Segundo o ministério da Defesa ucraniano, o governo de Putin está a transferir aviões e helicópteros para dentro da península da Crimeia e para território russo como reação aos ataques que se têm registado na região.
  • O Kremlin terá afastado Igor Osipov do cargo de comandante da Frota do Mar Negro, está a avançar a agência noticiosa russa RIA. Foi substituído por Viktor Sokolov, que terá sido apresentado sem cerimónias públicas às tropas em Sevastopol. A confirmar-se, o afastamento surge depois de ataques aéreos na Crimeia terem fragilizado a presença russa na península e é uma das maiores reformas militar da Rússia.
  • A China e a Rússia, entre outros países, organizaram um exercício militar conjunto. O ministério da Defesa chinês assegurou que a operação “não está relacionada com a atual situação internacional e regional”.
  • O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano confirmou no Twitter que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) aceitou um convite de Kiev para permitir a entrada de uma delegação na central nuclear de Zaporíjia.
  • Continuam os ataques aéreos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Pelo menos uma pessoa morreu e 18 ficaram feridas nas investidas que se registaram esta madrugada.
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