Desde 1 de setembro, as tropas ucranianas “libertaram” dezenas de localidades, recuperando mais de mil quilómetros quadrados de território que estava sob controlo das tropas russas. As novidades foram avançadas esta quinta-feira pelo Presidente da Ucrânia, que se mostrou grato aos militares pelas vitórias dos últimos dias.

“Toda a atividade estatal está focada nas necessidades na linha da frente e na proteção do nosso povo”, garantiu Volodymyr Zelensky no discurso diário. À semelhança das últimas semanas, o líder ucraniano foi escasso nos detalhes e preferiu não divulgar o nome das localidades retomadas. No entanto, esta tarde partilhou na conta de Telegram um vídeo sobre a recuperação da cidade de Balakliia, na região de Kharkiv.

No vídeo é possível ver três soldados ucranianos a pisar a bandeira russa, enquanto por trás foi içada a bandeira nacional. “Senhor Presidente, senhor comandante, a cidade de Balakliia, na região de Kharkiv está no nosso controlo”, diz um dos militares, segundo a tradução da CNN. Na descrição, Zelensky escreve que tudo está no seu lugar e que a bandeira “está numa cidade ucraniana livre sob um céu ucraniano livre”.

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As notícias surgem depois de, na semana passada, a Ucrânia ter lançado uma ofensiva contra as forças russas no sul do país. Entretanto também na região de Kharkiv foram registados avanços, onde, segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, a contra-ofensiva ucraniana está a ser “altamente eficaz”.

Esta quinta-feira, o Presidente ucraniano esteve reunido com o secretário de Estado norte-americano. Anthony Blinken esteve de visita a Kiev no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciaram um apoio militar no valor de 675 milhões de dólares.

Durante o encontro, Zelensky apelou à necessidade de designar a Rússia como um Estado terrorista. “A realidade legal deve corresponder sempre à realidade. E é um facto que a Rússia se tornou a maior fonte de terrorismo no mundo”.

O mundo deve receber um sinal inequívoco de que o terror russo não será derrotado”.

Este é um pedido que o chefe de Estado tem repetido por várias vezes, no entanto, os EUA não parecem dispostos a aceder. Esta segunda-feira, o Presidente norte-americano considerou que a Rússia não deve ser declarada um Estado promotor do terrorismo. Questionado por jornalistas na Casa Branca sobre o tema limitou-se a responder: “Não”.

Moscovo já tinha deixado um aviso aos EUA caso avançassem com esta designação, alertando que as relações entre os dois países estariam num ponto sem retorno se uma lei nesse sentido fosse aprovada.