Milhares de timorenses são abordados no seu país com propostas de viagem para Portugal, contrato de trabalho, alojamento, legalização e alimentação mediante o pagamento de três a quatro mil euros.

Só este ano, cerca de cinco mil timorenses já foram aliciados com essas promessas feitas por redes criminosas que, para ganharem a confiança dessas vítimas, fornecem cópias de contratos de trabalho ou termos de responsabilidade assinados por outros cidadãos de Timor residentes em Portugal, avança este domingo o Jornal de Notícias.

Quando chegam a Portugal, as vítimas deparam-se com um cenário totalmente diferente daquele que lhes havia sido prometido: salários reduzidos, condições de trabalho precárias e alojamentos insalubres. Muitos foram abandonados e já são sem-abrigo.

Todos os meses chegam mais de 550 timorenses a território nacional, ao abrigo da isenção dos acordos de vistos entre Timor e Portugal. O Jornal de Notícias explica que as centenas de casos reportados um pouco por todo o país, bem como o elevado fluxo de imigração levaram as autoridades portuguesas a abrir investigações devido a suspeitas de tráfico de pessoas para exploração laboral.

Na mira das investigações, que estão atualmente a cargo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, estão empresas portuguesas detidas por cidadãos indostânicos (oriundos do Indostão, região que inclui Índia e Paquistão), que oferecem mão de obra para serviços sazonais na agricultura.

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