A invasão russa da Ucrânia tem erguido o debate em torno das capacidades de Defesa dos países da NATO. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem apelado repetidamente ao Ocidente para que ajude o país a reforçar as suas capacidades de defesa do espaço aéreo.

nesta quinta-feira, 14 países da Aliança Atlântica assinaram um acordo conjunto para a compra de materiais de defesa antiaérea e antimíssil, no âmbito da iniciativa “Escudo do Céu Europeu”.

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Nesse sentido, um dos sistemas que mais interesse tem suscitado junto da NATO e dos seus parceiros é o Arrow 3, uma tecnologia de defesa antimísseis que é encarado como um avanço tecnológico significativo na luta para dissuadir eventuais ataques da Rússia.

Desenvolvido em conjunto pelos Estados Unidos e por Israel, o Arrow 3 está concebido para intercetar ameaças fora da atmosfera terrestre. Com cerca de metade do peso do seu antecessor — o Arrow 2 — consegue alcançar velocidades superiores e uma maior capacidade de alcance.

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O novo sistema possui características hipersónicas e a sua capacidade de defesa cobre uma área geográfica de grande dimensão, garantindo uma defesa integral de vários centros populacionais e  pontos estratégicos. Além disso, o Arrow 3 consegue proteger os países que de armas de destruição maciça — como, por exemplo, armas nucleares.

O sistema utiliza radares avançados, usados no controlo de incêndios, para procurar continuamente possíveis ameaças. Quando uma é detetada, o Arrow 3 entra em ação, lançando um míssil que sobe num trajeto vertical e depois muda rapidamente de direção, até ao ponto de interceção da ameaça.

Apesar de não haver ainda um compromisso oficial, espera-se que os países da NATO, em particular os da europeus, procurem comprar este sistema para melhorar as suas capacidades defensivas, como referiu à Reuters a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht.

“Temos de tapar os nossos buracos no espaço aéreo; estes são tempos perigosos e ameaçadores”, declarou Labrecht. Em relação ao Arrow 3, acrescentou que “nenhuma decisão oficial foi ainda tomada, mas acho que seria o sistema certo para enfrentar o desafio na Europa”.