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Os Estados Unidos acusaram esta quarta-feira a Coreia do Norte de ter fornecido secretamente um “número significativo” de munições de artilharia à Rússia para usar na guerra na Ucrânia.

O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança norte-americano, John Kirby, disse que os Estados Unidos acreditam que a Coreia do Norte está a “tentar fazer parecer que [as munições] estão a ser enviadas para países do Médio Oriente ou do Norte de África”.

Kirby recusou-se a fornecer uma estimativa específica sobre a quantidade de munições alegadamente enviadas por Pyongyang para o exército russo, segundo a agência norte-americana AP.

“Ainda estamos a verificar isto [as informações] para determinar se os carregamentos são realmente recebidos”, disse.

“Não acreditamos que eles [os fornecimentos] sejam em tal quantidade que possam mudar o curso desta guerra”, acrescentou.

A Casa Branca (Presidência norte-americana) não especificou o modo de transporte dos alegados fornecimentos norte-coreanos ou se os Estados Unidos ou outros países tentariam interditar os envios para a Rússia.

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Estas acusações surgem quase dois meses depois de Washington ter alegado, pela primeira vez, que os seus serviços secretos tinham informações de que o Ministério da Defesa russo estava em vias de adquirir foguetes e munições de artilharia da Coreia do Norte para usar na Ucrânia.

A Coreia do Norte é um dos poucos países que se manifestaram a favor da Rússia na guerra da Ucrânia.

Em agosto, os Estados Unidos divulgaram informações de que os militares russos receberam centenas de drones (aeronaves não tripuladas) do Irão, outro país que apoia as pretensões de Moscovo na Ucrânia.

A Casa Branca também acusou Teerão de ter enviado peritos militares para a Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, para prestar assistência técnica aos russos na operação dos drones.

O Irão negou ambas as acusações.

A Ucrânia tem denunciado o uso de drones iranianos “Shahed 136” pela Rússia em sucessivas vagas de bombardeamentos contra as suas infraestruturas de energia.

O exército ucraniano disse, no final da semana passada, que as suas defesas aéreas já abaterem cerca de 300 drones disparados pela Rússia desde 13 de setembro, quando foi detetado o primeiro “Shahed 136” derrubado na região de Kharkov.