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Um bombista suicida fez-se explodir numa esquadra em Java Ocidental, na Indonésia, matando um polícia e ferindo 11 pessoas, segundo informações avançadas pela Associated Press (AP).

O responsável pelo ataque, que também morreu, será um homem com ligações ao grupo extremista islâmico Jemaah Anshorut Daulah (JAD), afiliado ao Estado Islâmico e que tem sido responsável por ataques semelhantes. O chefe da polícia local revelou que o bombista foi libertado da prisão no final de 2021 e que faz da lista “vermelha” de militantes condenados.

As autoridades disseram ter encontrado no local da explosão vários documentos críticos das recentes alterações ao código penal aprovadas esta terça-feira e que, entre outras alterações, criminalizam o sexo e a coabitação fora do casamento. “Encontrámos dezenas de papéis com palavras de protesto contra o novo código penal”, afirmou o chefe da polícia. Um dos papéis colados à mota do bombista dizia: “O código penal é a lei dos infiéis, vamos lutar contra os que fazem leis satânicas”.

Indonésia aprova lei que pune com pena de prisão sexo fora do casamento

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A lei contém provisões semelhantes às do regime sharia de outros países islâmicos e teve o apoio da ala política conservadora naquele que é o país com a maior maioria muçulmana no mundo (cerca de 87% da população). No entanto, analistas internacionais apontam que grupos fundamentalistas islâmicos podem ter ficado descontentes com outras leis que também foram aprovadas e que preveem um maior escrutínio das autoridades no que toca à propagação de ideias extremistas.

Circulam vídeos nas redes sociais que mostram os momentos que se seguiram a seguir à explosão:

À Reuters, a polícia confirmou estar a tratar o caso como um ataque terrorista.