O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse esta quarta-feira que espera que a Suécia e a Finlândia se tornem membros da NATO quando se realizar a cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, entre 11 e 12 de julho.

“Espero que isso aconteça. E sei que todos os meus homólogos sentem o mesmo”, afirmou Austin, ao ser questionado sobre se acreditava que a Suécia e a Finlândia se iam tornar membros da Aliança Atlântica durante a próxima cimeira da organização internacional, que irá decorrer na capital da Lituânia.

O responsável norte-americano falava numa conferência de imprensa, realizada esta quarta-feira em Bruxelas, após a reunião dos ministros da Defesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que teve início na terça-feira.

A Finlândia e a Suécia “estão prontas para aderir [à NATO] já”, garantiu.

“São dois países altamente capazes, que vão trazer muito valor à Aliança assim que entrarem. Treinámos com eles no passado e eles investiram muito em modernização, portanto, vão trazer muito para a mesa”, explicou.

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O momento e a forma da adesão vai depender dos líderes da Turquia e da Hungria, os dois membros da Aliança que ainda não ratificaram a entrada da Finlândia e da Suécia, referiu o secretário da Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), admitindo saber que os líderes daqueles países estão a promover a ratificação.

“Vamos ver o que acontece. Não quero fazer previsões. Vou apenas dizer que sei que todos os meus colegas estão comigo e que gostaríamos de ver [a Finlândia e a Suécia] juntarem-se [a organização] o mais rapidamente possível”, disse.

A Finlândia e a Suécia, países tradicionalmente neutros, candidataram-se juntas, no ano passado, a membros da NATO, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Hungria e a Turquia são os dois únicos membros da Aliança que ainda não ratificaram a adesão de Estocolmo e de Helsínquia, embora se espere que Budapeste dê o seu aval em breve.

Ancara indicou, em várias ocasiões, que não se opõe à entrada da Finlândia na Aliança, mas suspendeu as negociações com a Suécia, acusando o país de permitir manifestações pró-curdas e a queima de uma cópia do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, em solo sueco.

A Turquia também criticou a Suécia por não extraditar indivíduos acusados de pertencerem a organizações curdas declaradas por Ancara como grupos terroristas.