O mercado automóvel português está a dar sinais de recuperação, pese embora as novas matrículas registadas ainda estejam aquém dos valores que eram “normais” para o sector, tomando 2019 como ano de comparação. Segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), face a Fevereiro de 2022, o mercado total (ligeiros e pesados) registou no mês passado uma subida de 30,4%, fixando-se na transacção de 18.518 veículos, dos quais 18.116 correspondem a automóveis ligeiros (+31,1%) e 402 a veículos pesados (+4,4%).

Ainda assim, sublinha a ACAP, as vendas de novos automóveis no nosso país ainda estão 16,1% abaixo dos registos de Fevereiro de 2019. “De Janeiro a Fevereiro de 2023, foram colocados em circulação 35.973 novos veículos, o que representa uma diminuição de 13,0% relativamente ao mesmo período de 2019, apesar da comparação com Janeiro e Fevereiro de 2022 apresentar um crescimento de 36,2%”, informa a associação.

Fonte: ACAP

Com base nos dados fornecidos pela Autoridade Tributária, verifica-se que nos dois primeiros meses de 2023, os veículos ligeiros de passageiros registam um crescimento de 43,0% face ao mesmo período do ano passado, tendo sido emitidas 30.719 matrículas. Destas, é de sublinhar o facto de apenas 16,1% das vendas serem de modelos a gasóleo, enquanto as mecânicas a gasolina representaram 36,0% das transacções. Significa isto que a maior fatia do “bolo” vai para as chamadas energias alternativas, com 47,9% de quota. Neste âmbito, as preferências dos consumidores incidem sobretudo nos híbridos convencionais (HEV), isto é, sem baterias recarregáveis. Pelo menos, de Janeiro a Fevereiro, esta foi a opção de 17,1%. Logo depois surgem os modelos puramente eléctricos (BEV), que representam 15,8% das vendas de viaturas impelidas por energias alternativas. Os híbridos plug-in (PHEV) ficam-se pelos 10,8%.

Fonte: ACAP

Em termos de construtores, no acumulado do ano, o pódio das vendas de veículos ligeiros de passageiros é liderado pela Peugeot, com um total de 3576 viaturas entregues. Imediatamente a seguir, mas com mais de um milhar de diferença, surge a Renault (2398), seguida pela BMW (2079), que está taco a taco com a sua eterna rival Mercedes (2056). A Toyota surge em 5.º lugar, mas sem grande folga para a 6.ª classificada, a Dacia. Confira na galeria de abertura qual é o ponto da situação das vendas de novos automóveis em Portugal.

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