O presidente do PSD pediu esta quarta-feira ao primeiro-ministro para impedir junto do Conselho Europeu a realização das eleições europeias a 9 de junho do próximo ano, sob pena de haver “abstenção elevadíssima”.
“Queria aproveitar a ocasião, uma vez que o primeiro-ministro participará na reunião do Conselho Europeu, para exortar o primeiro-ministro a assegurar que as eleições europeias do próximo não se vão realizar no dia 9 de junho“, sustentou Luís Montenegro aos jornalistas, depois de uma reunião com a delegação social-democrata no Parlamento Europeu e com a presidente da instituição europeia, Roberta Metsola, em Bruxelas (Bélgica).
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O presidente social-democrata lembrou que inicialmente havia uma proposta para a realização do sufrágio no final de maio de 2024.
Contudo, há “uma objeção por parte da Alemanha, em virtude de haver eleições em duas regiões alemãs” e há “uma pretensão” de que, neste caso, se fixe a data das eleições europeias para 2 de junho.
“Há uma certeza que eu tenho. Em Portugal eleições europeias no dia 9 de junho, domingo, véspera do feriado 10 de junho é um contributo inestimável para uma abstenção elevadíssima“, completou.
Por isso, Luís Montenegro disse esperar que António Costa “seja forte na argumentação e seja bem-sucedido na pretensão que só pode unir todos os partidos”.
Questionado sobre a possibilidade de a visita a Bruxelas coincidir com o desenho das listas para este ato eleitoral, o líder dos sociais-democratas respondeu que ainda é cedo para apresentar listas.
Sobre a possibilidade de Paulo Rangel voltar a encabeçar a lista do PSD às europeias ou, por exemplo, ser o independente Rui Moreira a fazê-lo, Montenegro não se comprometeu, mas disse que “há opções que podem engrandecer” as candidaturas.