Duas pessoas morreram e pelo menos dez ficaram feridas na noite de sexta-feira num restaurante em Madrid na sequência de um incêndio provocado por uma pizza em chamas — uma das iguarias mais apreciadas daquele estabelecimento.

Como explica o jornal espanhol El País, o acidente aconteceu no restaurante italiano Burro Canaglia Bar&Resto, na praça Manuel Becerra, na zona central de Madrid.

Segundo as autoridades da capital espanhola, citadas por aquele jornal, o facto de o incêndio ter começado junto à entrada do restaurante dificultou a evacuação do espaço e aumentou a gravidade do acidente.

O incêndio foi provocado por uma pizza em chamas — a “Inferno carnívora”, uma pizza picante que é uma das principais atrações do restaurante. A pizza, depois de sair do forno, é colocada em chamas com recurso a um maçarico, chegando à mesa dos clientes a arder.

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A pizza "Inferno carnívora", que vem em chamas para a mesa dos clientes, numa imagem que surge no site do restaurante

burrocanaglia.es

A sala do restaurante, ricamente decorada com plantas artificiais, feitas de plástico, para recriar uma espécie de floresta, acabou por arder em poucos minutos.

“Um dos empregados ia dar o toque final num prato com um maçarico para o flambear. Levava o prato em chamas numa mão e o maçarico na outra, passou perto de uma coluna com plantas e numa questão de segundos ardeu tudo”, contou ao El País uma cliente do restaurante que assistiu ao acidente.

Os serviços de emergências madrilenos confirmaram confirmaram à imprensa espanhola que as chamas se propagaram “a toda a velocidade pelas paredes e pelo teto”, justamente porque todo o restaurante se encontrava coberto de plantas artificiais.

Uma das vítimas mortais era um funcionário do restaurante; a outra era um cliente. Das dez pessoas que ficaram feridas, seis ficaram com ferimentos graves e quatro com ferimentos ligeiros.

“É um sítio muito pequeno, saímos a correr”, disse ao mesmo jornal outra testemunha. “A última coisa que vi antes de sair foi um empregado com um extintor a tentar apagar o fogo, mas não o conseguiu conter.”

Segundo o responsável dos bombeiros no local, Carlos Marín, citado pelo El País, os bombeiros chegaram rapidamente ao local, uma vez que existe um quartel a 300 metros, mas não foi possível evitar o desfecho trágico devido à velocidade a que as chamas se propagaram.

“Embora tenhamos chegado rápido, o fumo espalhou-se muito rapidamente. Tivemos de realizar 12 resgates e de avaliar as escadas dos edifícios anexos”, disse Marín.

No local estiveram presentes dez ambulâncias e 12 equipas de bombeiros.