O Presidente da República apelou esta terça-feira à CMVM, a par de outras entidades como o Governo ou o parlamento, para que antecipe acontecimentos, de forma a reforçar o papel do mercado de capitais, que considera ainda débil.
“O que se nos pede, mas pede à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), pede-se ao Presidente da República, pede-se ao parlamento, pede-se ao Governo, pede-se a outros atores, reguladores, mas em particular à CMVM, é estar à frente dos acontecimentos“, disse Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem em vídeo transmitida no encerramento da conferência anual do supervisor, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Marcelo compara-se a Cavaco e promete ser diferente quando sair de Belém
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ser necessário “antecipar os acontecimentos” e “reforçar o papel de um mercado de capitais, que é muito débil nalgumas das suas facetas em Portugal”.
Para o Presidente da República, esta atuação permitirá tornar um “mercado de capitais naquilo que ainda não é”: “uma alternativa efetiva a outras fontes de financiamento” para as empresas e à aplicação das poupanças das famílias.
Defendeu ainda que, a par do investimento tecnológico, da “necessidade de acompanhamento de múltiplas realidades que se vivem” e das alterações que ocorrem no quadro jurídico nacional europeu, o reforço do capital humano é “uma peça decisiva” para a CMVM, para o Governo de Portugal e para o Estado português.
Como é que a banca pode “compensar” os clientes pelas ajudas públicas, como pediu Marcelo?
“Sem esse reforço, todos os desafios que temos de enfrentar podem redundar em oportunidades perdidas na mudança para a construção de um país que queremos muitíssimo melhor”, salientou.