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As críticas do líder do grupo de mercenários Wagner ao Ministério da Defesa russo tornaram-se uma constante nos mais de 15 meses de guerra na Ucrânia e esta sexta-feira subiram de tom. Yevgeny Prigozhin disse que, sob as ordens do ministério liderado por Sergei Shoigu, foram colocadas na cidade de Bakhmut minas nas rotas de retirada dos seus combatentes.
A acusação surge depois de, na semana passada, Prigozhin ter anunciado que Bakhmut tinha sido completamente tomada pelas suas tropas, uma informação que as autoridades ucranianas se apressaram a negar. Depois de mais de oito meses de confrontos com os ucranianos pelo controlo da cidade, os mercenários começaram a retirada da cidade, mas encontraram no seu caminho vários dispositivos explosivos.
“Antes de sairmos de Bakhmut detetámos atividades suspeitas ao longo das nossas rotas de retirada”, escreveu na conta de Telegram, gerida pelo seu serviço de imprensa. O líder dos Wagner garante que foram encontrados dispositivos explosivos, incluindo centenas de minas anti-tanque, em dezenas de localizações.
Prigozhin disse ter questionado os oficiais do Ministério da Defesa sobre o posicionamento dos dispositivos, que, em resposta às acusações, disseram estar a cumprir ordens dos seus superiores. “Não era necessário colocar estes equipamentos para impedir os avanços do inimigo, uma vez que é uma área na retaguarda. Assim, podemos assumir que se destinavam a conter o avanço das unidades do grupo Wagner“, concluiu.
O empresário russo disse ainda que quase 99% das unidades da companhia privada já deixaram Bakhmut, como tinha prometido. As posições dos combatentes estão a ser agora asseguradas pelas forças regulares russas.